“Tem como foco Guimarães e as suas gentes, bem como o país que somos, nas suas mais diversas vertentes”. É assim que Osmusiké – Associação Musical e Artística do Centro de Formação Francisco de Holanda – qualificam os seus ‘Cadernos’ publicação anual.
A sua apresentação tornou-se num acontecimento cultural que a SMS – Sociedade Martins Sarmento – acolhe nas suas instalações.
O presidente da Câmara, o vereador da Cultura e o deputado à Assembleia da República, Ricardo Araújo, estiveram presentes acompanhando o sarau que contemplou a apresentação dos ‘Cadernos 6’, ao lado de directores de diversas instituições, professores de diversas universidades e ilustres vimaranenses que se preocupam com a cultura, a nível local e nacional.
“Sabemos o futuro do passado mas não sabemos o futuro do presente.”
Domingos Bragança lembrou a importância de uma publicação que contribui para o reforço da identidade vimaranense, que só é conseguida se tivermos memória do passado. “Sabemos o futuro do passado mas não sabemos o futuro do presente”, disse. Referiu-se ao 25 de Abril de 1974, e à democracia que para ser defendida, “precisa de ser conhecida”.
Jorge Nascimento, coordenador da publicação – com Agostinho Ferreira, Álvaro Nunes, João Silva Pereira e Joaquim Salgado Almeida – recorda Junho de 2020 como a data em que se apresentou a primeira edição.
Igualmente destaca como “tem mobilizado centenas de colaboradores para o projecto editorial e contado com o apoio da edilidade vimaranense”.
Guimarães ocupa o centro da edição dos ‘Cadernos 2024’, bem como os 50 anos do 25 de Abril, nas suas 637 páginas. Helena Pinto – professora, historiadora e investigadora – e César Machado – advogado e estudioso do 25 de Abril – foram convidados especiais nesta apresentação.
A evocação dos 140 anos de 1884, o ano de ouro da urbe vimaranense e outras efemérides marcantes, foram sublinhados como conteúdos “must” de uma “cidade sempre em construção, cujo passado mais recente e pela sua actualidade, quer no seu movimento associativo e institucional, quer nas ocorrências recentes com alusão às suas figuras, curiosidades e outras coisas e loisas da casa”.
Destaca-se um estudo sobre a Universidade do Minho, “que muito tem contribuído para o desenvolvimento desta região e do próprio país. E as actividades culturais da nossa própria lavra, no contexto das valências da música, teatro e poesia”.
“Os ‘Cadernos’ trazem à colação, outra gente que marca presença nas letras e artes, quer na criação inédita e esporádica, quer na escrita criativa em livros e revistas, cuja produção artística, à laia de sinopse, vamos divulgando” – sublinha Jorge Nascimento.
Os 50 anos do 25 de Abril e a entrevista “ao saudoso coronel Rui Guimarães, capitão de Abril e vimaranense, com uma intervenção de destaque no Norte do país, infelizmente já mobilizado para outras revoluções”, alinha nestes destaques quando Osmusiké entendem que é necessário falar alto “acerca da nossa língua e dos nossos escritores, ora evocando uns e as suas obras, como Camões nos 500 anos do seu nascimento, ora homenageando outros e os seus legados” – sublinha.
Durante a sessão de apresentação, e com a prestação de Osmusiké, houve momentos musicais, tempo para a poesia e para um retrato de Martins Sarmento, desenhado ao vivo por Salgado Almeida.
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