A Muralha vai editar os catálogos de fotografia que correspondem às exposições Das Casas, Lugares e Tradições (2019), A Reconstrução (2022) e Regresso às Pontes de Guimarães (2023) e estão integrados na Colecção de Fotografia da Muralha (CFM).
Os catálogos seguem a mesma linha editorial dos cinco catálogos anteriores (O Trabalho, A Celebração, Álbum de Família, Na Cidade e Verde a Preto e Branco), recolhendo e tratando texto e imagem sobre a história da comunidade, os seus ofícios e tradições, o seu património e eventos marcantes da história de Guimarães.
A CFM é constituída, na sua base fundadora, por imagens de Guimarães da autoria de Domingos Alves Machado (1882-1957). O trabalho de conservação, organização, datação, de produção de textos e de divulgação da CFM conferem-lhe hoje, assim o cremos, um estatuto particular e significativo, como testemunho histórico, artístico e da vida social em Guimarães no final do século XIX e século XX, com base nas imagens antigas da CFM; e agora, igualmente, na sua contemporaneidade.
Os novos catálogos de imagem, a editar agora, reflectem o alargamento da CFM, através da criação de imagens actuais, que alertem e dêem a conhecer o património de hoje, mas também no estudo e digitalizações de colecções particulares relevantes.
A Muralha encara a CFM como uma tarefa permanente que se pode alargar a outros espólios e a outros tempos. A Reconstrução – a extraordinária história das Festas Gualterianas de 1947, recupera e trata o espólio de João Gualdino Pereira e, em particular, a documentação em imagem dos cinco dias de reconstrução da Praça de Touros, em que uma comunidade unidade se agigantou, contornando o impossível. Os outros dois catálogos estão relacionados com a documentação do património actual, sob o olhar do fotógrafo Miguel Oliveira: as Festas das Cruzes de Serzedelo, a morte da Fábrica do Castanheiro, a degradação da Casa do Costeado (todas integradas no catálogo Das Casas, Lugares e Tradições), bem como, já na exposição deste ano, uma revisitação às Pontes de Guimarães e aos trajectos que a elas levam.
O diálogo que se procura entre a imagem, a investigação histórica e a interpretação criativa é a linha estratégica em que assenta e assentará o futuro da colecção e onde as exposições da CFM tendem, progressivamente, a incorporar novas visões e novas realidades. A presente edição tem o apoio do programa Impacta.
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