Decorreu esta Sexta-feira, dia 28 de Abril, a apresentação pública do Projecto de Inventariação e Registo de um conjunto de actividades comunitárias, valorativas do linho e do “Linhal da Corredoura”, financiado ao abrigo do PROVERE.
Antes do início da apresentação, foi fornecida uma revista sobre o Linhal da Corredoura, traduzida em 4 línguas, que retrata todo o processo do linho, desde a sua cultura até ao bordar. Os textos e fotografias são da autoria do professor Armindo Cachada que, em parceria com o Grupo Folclórico da Corredoura, procurou, recolheu e organizou informação sobre a tradição do Linho em Guimarães.
Durante a sessão, foi exibido um vídeo que explica a história, tradição e processo do linho na região de Guimarães, focando-se, em particular, na rua da Corredoura, em São Torcato, único local onde ainda se produz linho no concelho. A sobrevivência do legado mantém-se graças ao Grupo Folclórico da Corredoura e da Festa do Linho organizada pelo mesmo.
“Graças ao Grupo Folclórico da Corredoura, esta actividade tem-se mantido viva nos dias de hoje, enquanto mostra etnográfica e da cultura tradicional.”
O presidente do grupo, Henrique Macedo, começou por agradecer a Armindo Cachada pelo “excelente trabalho de pesquisa, de recolha, de elaboração, de disponibilidade, de empenho, de dedicação, de partilha e de gosto por esta nobre actividade”. Também o responsável fez uma contextualização histórica e cultural do Linho em Guimarães, destacando que “graças ao Grupo Folclórico da Corredoura, esta actividade tem-se mantido viva nos dias de hoje, enquanto mostra etnográfica e da cultura tradicional”.
Henrique Macedo deixou clara a sua vontade de continuar a promover o Linhal da Corredoura, a nível nacional e internacional. “Não é nenhuma loucura minha ou do grupo dizer que podemos fazer do Linhal da Corredoura o que já é feito nas vindimas do Douro. Abrir as portas ao turismo com esta publicação, estou certo que estamos a dar um passo importante para que esta actividade se mantenha ainda mais viva e única em toda a nossa região”, referiu.
Marta Coutada, do Consórcio Amar o Minho, concorda com esta ideia e acrescentou: “eu gostaria muito, e com certeza quer a ADCL, quer o grupo folclórico, quer a Câmara acompanhar-me-á neste desafio, que esta fosse apenas a primeira pedra num projecto mais abrangente. Porque esta iniciativa tem muito potencial turístico”, defendeu.
“E é a preservação desta história e da cultura de um povo que nos faz olhar o futuro.”
O presidente da ADCL, Sérgio Gonçalves, também referiu a importância desta iniciativa para a preservação da tradição e do artesanato. “Pode não ser hoje, pode não ser amanhã, mas será certamente a curto-médio prazo que a valorização da marca do Linhal, da marca de Guimarães, é feita a nível nacional. E é a preservação desta história e da cultura de um povo que nos faz olhar o futuro”.
O vereador da Cultura e do Turismo, Paulo Lopes Silva, destacou duas dimensões deste projecto. Por um lado, a colaboração enquanto região, referindo que “as nossas tradições do Minho têm um tronco comum muito forte dentro de toda a região”, daí o apoio do consórcio Amar o Minho. Por outro lado, o trabalho em rede local: “facto de nós estarmos aqui a apresentar um projecto de um desafio que o Município lançou à ADCL, que envolveu o Grupo Folclórico da Corredoura e que necessariamente envolve todas estas organizações e todas as pessoas e todo o comunidade à volta da dramatização deste projecto”.
Esta iniciativa conta com o apoio da ADCL, Câmara Municipal de Guimarães, Consórcio Amar o Minho e é financiado pelo Programa Norte 2020, integrado no Portugal 2020.
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