A Oficina apresentou hoje, Quarta-feira, a programação da 12ª edição do GUIdance – Festival Internacional de Dança Contemporânea, que acontecerá de 2 a 11 de Fevereiro de 2023, no Teatro Jordão, CCVF e CIAJG.
Festival de referência na dança contemporânea portuguesa, o GUIdance regressa em Fevereiro do próximo ano com foco na “transformação”, “identidade” e “diferença”. O alinhamento contempla a apresentação de 10 espectáculos entre 2 e 11 de Fevereiro, bem como actividades paralelas que incluem talks, masterclasses, debates, exposições e oficinas.
A estreia do festival acontece, como habitual, na primeira Quinta-feira do mês de Fevereiro, com BAqUE, a mais recente co-produção de Gaya de Medeiros e que estreia amanhã, 15 de Dezembro, no Teatro do Bairro Alto. A bailarina e encenadora trans explicou, na conferência de imprensa, que este espectáculo nasce do “questionamento da identidade”, perguntas que faria a si própria, “o que nos liga e desliga da vida” e a experiência enquanto pessoa trans. O director artístico do CCVF e de Artes Performativas d’A Oficina, Rui Torrinha, reforça esta ideia expressando que “o próprio festival é sobre essa transformação”.
“O maior desafio foi mostrar que estas pessoas poderiam fazer arte para o público, para a sociedade”.
O Teatro Jordão, onde decorreu a conferência de imprensa, será a sede da companhia Dançando com a Diferença, criada na Madeira e cujos intérpretes são pessoas com deficiências. Henrique Amoedo, director artístico, explicou a maior dificuldade ultrapassada pela companhia: “Só se pensava que as pessoas com deficiência poderiam dançar para fins terapêuticos. O maior desafio foi mostrar que estas pessoas poderiam fazer arte para o público, para a sociedade”.
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Dançando com a Diferença protagonizará três peças no GUIdance, Blasons e Doesdicon na Sexta-feira, 3 de Fevereiro, em colaboração com os coreógrafos François Chaignaud e Tânia Carvalho. O terceiro espectáculo, Beautiful People realiza-se a 9 de Fevereiro, Quinta-feira, uma peça de Rui Horta estreada em 2008 e que regressa novamente a palco.
Para além das performances, o programa de educação e mediação promove a exibição do registo vídeo de Endless, uma peça sobre “dignidade humana” baseada na II Guerra Mundial e no Holocausto. O membro da equipa de Educação e Mediação Cultural (EMC) da Oficina, Francisco Neves explicou o porquê de exibirem esta obra: “O Endless é algo que nos diz muito. Desde o final do Endless, temos recebido inúmeros contactos do território, sobre quando é que vamos voltar a fazer trabalhos deste género”.
Rui Torrinha conclui a apresentação do programa dizendo que “vamos terminar na selva”, realçando o último espectáculo do programa “Jungle Book reimagined”, o regresso da Akram Khan Company a Guimarães. Esta será uma estreia nacional marcada para 11 de Fevereiro, Sábado, no grande auditório Francisca Abreu onde, a partir do clássico “O Livro da Selva”, de Rudyard Kipling, Akram Khan reinventará a viagem de Mogli através dos olhos de um refugiado climático.
Para além das performances, o festival inclui ainda três conversas pós-espectáculo. A primeira, com Henrique Amoedo, acontece a 3 de Fevereiro, seguindo-se uma com Marco da Silva Ferreira, a 8 de Fevereiro, após a exibição de Carcaça, e a britânica Akram Khan Company, a 11 de Fevereiro. Decorrerão, ainda, duas masterclasses, com Jesús Rubio Gamo e a Akram Khan Company, para profissionais e alunos avançados de dança. os debates “Natureza, trans formação e outras práticas sensíveis: a felicidade que nos aguarda”, parte I acontece a 4 Fevereiro e parte II a 11 Fevereiro.
A equipa de Educação e Mediação Cultural d’A Oficina promove a iniciativa Embaixadores da Dança, com Gaya de Medeiros e Henrique Amoedo nas escolas secundárias do concelho e uma exposição, bem como uma oficina do colectivo Pato Lógico.
Os bilhetes poderão ser adquiridos nos balcões do Centro Cultural Vila Flor, do Centro Internacional das Artes José de Guimarães, da Casa da Memória e da Loja Oficina. Também estarão disponíveis nas lojas Fnac, Worten, El Corte Inglés e online.
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