A evocação da primeira aula, há 140 anos da Escola Comercial e Industrial de Guimarães, hoje, Francisco de Holanda, será um motivo de festa na instituição.
Os prémios de Mérito e Excelência, serão entregues aos alunos do agrupamento, entre as 09h00 e as 18h45, de amanhã.
Uma sessão que abrange os alunos do 4º ao 12º ano, num reconhecimento histórico a quem estuda naquela escola centenária.
E a lembrança dos “104 alunos que, numa aula de Desenho, com um único professor – também chefe de secretaria e contínuo”, dava início ao acto fundador da escola cuja vertente formativa sempre distinta ao longo do tempo, para além das designações que adoptou e dos ‘ventos políticos’ que sopraram ao longo de mais de um século.
Hoje, recorda Rosalina Pinheiro, directora do agrupamento, a escola tem aproximadamente 2600 alunos, 347 professores, 82 auxiliares de acção educativa e 13 funcionários administrativos, numa distribuição feita por 52 nacionalidades, “e com uma história que continua a querer ser merecedora de ser contada”.
“Todos os alunos que por aqui passaram deixaram as suas marcas, elevaram-se nos seus sucessos.”
A direcção do agrupamento escolar sublinha que “sem presunção de qualquer ordem, pertencemos a uma das instituições de ensino mais emblemáticas da cidade de Guimarães, com uma história rica e uma forte presença na educação da região, sempre com a missão de proporcionar uma educação de qualidade, de promover o desenvolvimento integral dos alunos e de prepará-los para os desafios da sociedade contemporânea. E todos os alunos que por aqui passaram deixaram as suas marcas, elevaram-se nos seus sucessos, e também deixaram cair as suas lágrimas”.
Acrescenta a direcção numa nota evocativa desta data “porque é nos bons, mas também nos difíceis momentos que crescemos, que aprendemos a caminhar mais seguros para o futuro” que, amanhã, dia 14 de Janeiro (Terça-feira), em modo de aniversário, far-se-á a entrega dos prémios de Mérito e Excelência aos alunos que se destacaram no ano lectivo anterior pelos seus resultados académicos e pelo seu modo humano de ser, para que fiquem nos livros desta história como representantes de todos os que que estão ao seu lado porque, na vida, tal como nos diz Ernest Hemingway: “Quem estará nas trincheiras ao teu lado? E isso importa? Mais do que a própria guerra!”.
O nome da escola homenageia Francisco de Holanda, “destacado pintor, arquitecto e escritor do Renascimento português, cujo inegável legado cultural e artístico se faz sentir até aos dias de hoje e que procuramos enaltecer, não apenas recordando, mas dando-lhe continuidade no pensamento e na acção, primando pela forte ligação com a cultura e com o desenvolvimento intelectual, reflectindo valores do Renascimento que o nome de Francisco de Holanda sugere: ciências, humanidades, artes e tecnologias”.
A direcção da escola/agrupamento evidencia que “apostamos desde sempre em formações complementares e em projectos educativos que envolvem a comunidade escolar, destacando-se no nosso trabalho a capacidade de adaptação às novas exigências da educação e a forte integração e valorização da cidade de Guimarães”.
E relembra que “para além do seu papel pedagógico, é um espaço de intercâmbio intelectual, cultural e artístico, providenciando também actividades extra-curriculares que contribuem para a formação de cidadãos conscientes e participativos”.
“Esta instituição foi mais do que apenas um local de ensino, foi um verdadeiro ponto de encontro de aprendizagens.”
“Com muita honra e gratidão, rendemos homenagem ao agrupamento de escolas Francisco de Holanda, este espaço vivo onde se construíram memórias, se cultivaram saberes e se formaram indivíduos preparados para enfrentar os desafios da vida. Ao longo dos anos, esta instituição foi mais do que apenas um local de ensino, foi um verdadeiro ponto de encontro de aprendizagens, de crescimento e de sonhos” – enfatiza Rosalina Pinheiro.
Nesta data, lembram-se “todos os que por aqui passaram – alunos, professores, funcionários, famílias e toda a comunidade escolar – deixamos o nosso sincero reconhecimento pelo contributo de cada um, num trabalho conjunto e contínuo, para sempre gravado na história desta instituição”.
“Por tudo o que foi e pelo que ainda é”, este agrupamento de escolas será sempre lembrado como “um lugar onde se formam não só alunos, mas cidadãos conscientes e preparados para o futuro”.
Por isso, conclui a direcção que “fazendo uma homenagem sentida, apesar de não referir os muitos nomes, mas não esquecendo o seu propósito de trabalho, pelas suas convicções pedagógicas e humanistas, nestes 140 anos, lembremos igualmente os muitos directores que acreditaram. Não sabemos se acreditaram que a escola pode fazer deste mundo um lugar melhor, mas acreditaram de certeza que é possível educar melhores crianças para que estas possam tornar o mundo um lugar muito melhor. Nós continuamos a acreditar, pois ‘Em qualquer aventura/ O que importa é partir, não é chegar’ (Poema Viagem, Miguel Torga)”.
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