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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

CCVF: cinema no jardim com ‘O Pior Homem de Londres’

Economia

O filme de Rodrigo Areias vai ser projectado nos jardins do Palácio Vila Flor. Uma noite cinematográfica completa com a actuação da banda sonora original, ao vivo. Samuel Martins Coelho, compositor e multi-instrumentista será acompanhado por Pedro Oliveira, no violino, e Carina Albuquerque, no violoncelo enriquecendo a sessão. 

O argumento do filme, leva-nos a Londres da época vitoriana, entre a comunidade Pré-Rafaelita e conspirações políticas. Charles Augustus Howell um homem de espírito aventureiro e grande sagacidade tornou-se num agente de grandes artistas, negociante de arte, agente secreto e mestre da chantagem. Arthur Conan Doyle fez dele um personagem nas histórias de Sherlock Holmes e apelidou-o de ‘o pior homem de Londres’.

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Charles existiu e era português, um jovem do Porto com mãe portuguesa e pai inglês. E mudou-se para Londres numa altura em que grandes artistas como Dante Gabriel Rossetti, Algernon Charles Swinburne e Elizabeth Siddal, também lá viveram e criaram numa atmosfera de liberdade, vício e amoralidade, a par do famoso crítico John Ruskin.

Rodrigo Areias, o realizador do filme, aceitou o desafio do produtor Paulo Branco a fazer um filme de época. Eduardo Brito foi chamado para o projecto como argumentista, e foi ele quem sugeriu a possibilidade de contar, no cinema, quem era Charles Augustus Howell, o português que ganhara lugar no imaginário de Sherlock Holmes.

© Direitos Reservados

Depois de aceite, Rodrigo Areias queria “trazer humanidade à personagem, para que o público possa discordar do título do filme”

“Nem todos somos só bons ou maus”, disse o realizador a propósito da personagem interpretada por Albano Jerónimo, actor que integra um forte elenco no qual se faz acompanhar por nomes como Edward Ashley e Victoria Guerra. Rodrigo Areias admite que a personagem Charles atravessa os tempos e conta que Paulo Branco se identificou com algumas das histórias deste homem, que no filme é uma porta de entrada para a aristocracia britânica e para a reflexão sobre a relação da arte e dos seus patrocinadores.

Este cine-concerto apresentado no Centro Cultural Vila Flor é uma co-produção do Bando à Parte, Cineclube de Guimarães e A Oficina, sendo dirigido a maiores de 12 anos. O acesso ao jardim do CCVF para assistir a este filme musicado ao vivo é gratuito, até ao limite da lotação disponível.

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