Numa carta endereçada ao presidente da empresa Ave Mobilidade, cidadãos utentes da rede de transportes deixaram reclamações e sugestões acerca do serviço entre Fafe e Guimarães. A carta tem o conhecimento do presidente do Município de Fafe, do presidente do Município de Guimarães, do representante da comissão da CIM do Ave e do conselho de administração da AMT – Autoridade da Mobilidade e dos Transportes.
Na reclamação, os cidadãos escrevem que, antes de Janeiro de 2023, eram servidos por duas operadoras, a Arriva e a Transdev. A primeira “iniciava o serviço em Fafe, fazia carreira normal para Guimarães e tinha serviço rápido para o Porto, sendo que o trajecto Fafe-Guimarães era feito pela nacional, embora não efectuassem todas as paragens”. A segunda “passava por Fafe e fazia carreira, quer normal, quer rápida (alguns via estrada nacional, outros pela variante) para a cidade de Guimarães e para a cidade do Porto”. Após Janeiro de 2023, “a entidade de transportes, sem qualquer aviso prévio, decidiu alterar os horários e suprimir carreiras”, denunciam os utentes.
Na carta, é expresso que a Ave Mobilidade “limitou-se a terminar com os serviços da empresa Transdev, terminando com todos os serviços rápidos entre Fafe e Guimarães, mantendo os horários que eram efectuados pela empresa Arriva, com ajuste, que pioram e muito os serviços”.
De acordo com o que é descrito na reclamação: “Uma viagem Guimarães-Fafe dura cerca de 40/50 minutos com diversas paragens; Acumulou, em horas de ponta, designadamente, entre as 08h00 e as 09h00 e entre as 17h00 e as 19h00, os utentes que antes de Janeiro/2023 se repartiam pelas duas empresas, num único autocarro; Colocou, neste itinerário entre municípios, Fafe-Guimarães, os ditos autocarros citadinos (de lugares sentados e em pé, com lugares virados para a frente e para trás), colocando os ditos autocarros de cinquenta e tal lugares a servir as freguesias nos quais vão meia dúzia de pessoas; Nos ditos autocarros rápidos, Fafe-Guimarães-Porto, segundo ordens da empresa, no circuito urbano de Guimarães, tirando a Universidade, os motoristas só têm autorização para deixar entrar pessoas, não sendo permitida a saída de qualquer utente (esta situação é no mínimo caricata o autocarro pára, mas não pode deixar sair nenhum utente, só sendo permitida a entrada)”.
Os autores da carta apontam, ainda, como principais problemas “superlotação, os atrasos, a segurança, os possíveis atritos/conflitos entre cidadãos e os trabalhadores/motoristas, a falta de conforto”. Sugerem que a “superlotação e os atrasos podem ser causados principalmente pela falta de veículos operando em determinadas linhas”.
Por resolver está, também, a situação do cartão valor que corresponde a todos os anteriores cartões com valor em saldo, e que, segundo a informação dada aos utentes pelos funcionários, “não sabem, nem podem transferir os valores em saldo para os novos cartões”. Estes são cartões que se usam no período de férias.
Os cidadãos deixaram sugestões para reforçar as linhas Fafe-Guimarães e vice-versa, nomeadamente nas horas de ponta, entre as 7h00 e as 9h00 e as 17h00 e as 19h00, “com condições de em cerca de 30 minutos as pessoas se deslocarem entre estes dois municípios”. Pedem uma “melhor gestão nestes horários de ponta na utilização de mais motoristas e mais autocarros, para fazerem este transporte ida/volta com alternativas em dois tipos de autocarros carreiras normais/especiais-rápidos”.
No final da carta, endereçam o presidente da Câmara de Guimarães, Domingos Bragança, na qualidade de presidente da CIM do Ave, solicitando que o mesmo “se digne averiguar o serviço que está a ser prestado aos cidadãos, nesta e noutras situações nesta região do Vale do Ave, para que, se assim entender, seja no futuro prestado o bom serviço que tanto esperava”.
📸 Direitos Reservados
© 2023 Guimarães, agora!
Partilhe a sua opinião nos comentários em baixo!
Siga-nos no Facebook, Twitter e Instagram!
Quer falar connosco? Envie um email para geral@guimaraesagora.pt.