Na tarde da passada quarta-feira, em Valência, a Comissão Europeia anunciou Guimarães como a Capital Verde Europeia 2026 (CVE2026). Decisão justa face a uma candidatura bem preparada, madura e consistente. Decisão que premeia uma ideia de município assente na sustentabilidade ambiental, bem como a perseverança de a implementar nas suas diferentes atividades e dimensões do seu metabolismo quotidiano – da educação à mobilidade e da conservação da natureza à indústria.
Este título, conjuntamente com outras apostas e reconhecimentos que a cidade tem protagonizado, nomeadamente a de património Mundial da UNESCO, abre novas oportunidades para reforçar um caminho de melhoria dos seus padrões de qualidade de vida e da sua atratividade enquanto destino sustentável para viver, trabalhar, empreender, visitar ou estudar, investigar e criar.
“Trabalho e dedicação que devem ser aplaudidos pelo prémio obtido.”
Naturalmente que este reconhecimento, que orgulha os vimaranenses e os portugueses, sendo também muito importante para a estratégia de neutralidade carbónica da Região Norte, é o resultado de uma liderança lúcida e determinada, da competência de uma equipa técnica devotada e do envolvimento de um conjunto alargado de pessoas e de instituições que alimentaram esta ideia mais de perto. Trabalho e dedicação que devem ser aplaudidos pelo prémio obtido e, sobretudo, pelo percurso de mudança induzido com muitos impactos positivos no equilíbrio deste território, natural e socialmente muito multifacetado.
Neste momento, em que os ecos dos festejos ainda se ouvem, mas o tempo já é de preparar 2026, como ano de aceleração de uma mudança transformadora, importa perceber o que foi a pedra de toque da candidatura de Guimarães CVE2026 e que fez a diferença – a participação de todos. De (quase) todas as pessoas, de (quase) todas as instituições, de (quase) todas as correntes de opinião.
Foi excecional o envolvimento das comunidades educativas dos ensinos básico e secundário, nomeadamente no programa Pegadas; foi evidente a participação das instituições de ensino superior e de centros de investigação e inovação, em articulação com o Laboratório da Paisagem e não só; foi decisiva a adesão de uma indústria consciente de um futuro na economia circular; e foi diferenciadora a proatividade dos cidadãos com este projeto. No entanto, foi ainda mais diferente, o compromisso de todas as forças políticas representadas nos órgãos municipais, num posicionamento que deve ser inspirador para projetos futuros dos nossos territórios.
Como já referido, Guimarães CVE2026 abrirá portas e oportunidades. Estas serão tanto maiores quanto esta conjugação de atores seja capaz de se manter e se aprofundar, quaisquer que sejam as lideranças que os vimaranenses venham a escolher.
Esta é a força de uma Comunidade e seu capital maior para a construção do seu futuro.
António Cunha, presidente da CCDR-Norte, escreveu sobre a atribuição do galardão Capital Verde Europeia 2026.
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