As palavras ‘Nicolinas’ e ‘Nicolino’ já constam do Dicionário da Língua Portuguesa, da Academia das Ciências de Lisboa.
O reconhecimento formal e oficial destas expressões resulta de uma iniciativa do historiador vimaranense António Amaro das Neves, que submeteu ao Instituto de Lexicologia e Lexicografia da Língua Portuguesa (ILLLP) uma proposta de inclusão de três unidades lexicais de uso estabilizado em Portugal, entre as quais figuravam os termos ligados às ‘Festas Nicolinas’.
O ILLLP deu nota que aceitou que “os vocábulos nicolinas e nicolino fossem registados no Dicionário da Língua Portuguesa, confirmando assim a aceitação e validação das palavras no corpus oficial da língua portuguesa”.
Apesar de amplamente utilizadas e reconhecidas por todos os vimaranenses, as expressões ‘Nicolinas’ e ‘Nicolino e Nicolina’ não constavam dos dicionários linguísticos. Com este registo, passam a ter reconhecimento formal, reflectindo não apenas a vitalidade da tradição nicolina, mas também o peso cultural e histórico que estas celebrações têm na cidade-berço.

“A decisão da Academia das Ciências representa um marco simbólico para Guimarães, consagrando no património lexical nacional termos que há séculos dão nome a uma das mais antigas e genuínas festas estudantis portuguesas” – salienta um comunicado de imprensa.
Entretanto, nas ruas da cidade e pouco tempo depois de se ter oficiliazado as expressões ligada às festas e aos estudantes nela participantes, os nicolinos e nicolinas já fazem rufar caixas e bombos, fazendo jus à tradição secular e ao espírito estudantil democratizado, também, depois de anos em que a festa se associava apenas aos que frequentam o Liceu Nacional de Guimarães, hoje, escola secundária Martins Sarmento.
As ‘Moinas’ são o primeiro número da festa, depois do anúncio da comissão. E a partir do último Sábado, dia 8 de Novembro, a cidade vive com a barulho de caixas e bombos, com as capas negras que identificam os membros da comissão e da camisa branca com lenço vermelho que é o traje oficial do novilho.
As ‘Moinas’ servem para os novatos entrarem no jeito de tocar caixa e bombo, com o prémio de terem um lanche oferecido por uma família ou instituição, um gesto que se tornou rotina e praxe e que acaba sempre no largo do Toural.
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