O vereador Paulo Lopes Silva afirmou que o programa das comemorações do 24 de Junho “está repleto de momentos para envolver a comunidade local, tem valor histórico e cultural acrescentado e um acréscimo de solenidade nacional”.
O perímetro de Couros passa a estar incluído, no âmbito da Feira Afonsina, acrescentando a época medieval que se representa nesta celebração pela primeira vez.
Em cinco dias de celebração do Dia UM de Portugal, há momentos para um olhar para o passado histórico decorrente do 24 de Junho de 1128 e tudo o que ele encerra à sua volta, de factos e protagonistas, através das Jornadas Históricas; e outro para o viver ou reviver pelos descendentes actuais da festa dos que fizeram o 24 de Junho, um folguedo que agita o burgo, numa das vilas da Vimaranes de então.
A Feira Afonsina cumpre o que pode ser a comemoração festiva dos acontecimentos do pós-Batalha de São Mamede, altura que D. Afonso Henriques adoptou o título de príncipe. Também, a recriação histórica, mais no lusco-fusco e na vila de Baixo de Guimarães tenta evidenciar as trevas de uma vila, a brilhar de independência mas ainda a sentir o culto do largo, ensombrado por flores e folhas de laranjeira, de adivinhos do tempo e de credores do futuro, sempre prontos a viver de miséria alheia com consultas.
O Poiso das Barricas, tenta mostrar como ao longo do tempo, o vinho ajudava a recuperar de longas viagens e das agruras do dia-a-dia, num tempo em que a comida escasseava mas o vinho nunca podia faltar.
Como retrato das urbes medievais, o Quelho das Desgraças, mostrará a arte dos larápios, a fragilidade dos pedintes numa sociedade em que as meretrizes e os loucos também tinham o seu lugar.
“É naturalmente um modo de ver como os alicerces do Reino” foram construídos para perdurar com toda a força até hoje, um Reino Novo a que, então, o Infante Afonso Henriques deu forma e organização aliando-se ao Clero, Nobreza e Ordens Militares e Religiosas.
A extensão a Couros desta celebração medieval é justificada com as referências demonstrativas dos primórdios da nacionalidade, em 1151, onde já se falava da ribeira de Couros e dos tanques da curtimenta, pelames, lavadouros e tratamento de curtumes.
A Câmara já anunciou que as celebrações do 24 de Junho em Couros não terão cariz comercial e serão palco de oficinas e de artes performativas.
Paulo Lopes Silva confirmou que “a colaboração com o Exército, veio para ficar”, enquadrando-se no programa uma demonstração de meios deste ramo das Forças Armadas, no campo de São Mamede, nos dias 22 e 23 de Junho.
Na apresentação do programa do 24 de Junho, marcou presença o Coronel Fernando Martinho, que deu conta de que duas viaturas de combate, e exercícios em rapel e escalada farão parte da animação que vai ser apresentada.
Igualmente, o Exército vai aproveitar a oportunidade para condecorar 25 antigos combatentes, um modo de aproximar os meios militares da sociedade civil.
Finalmente, a Feira Afonsina vai ter uma forte participação de cerca de 70 voluntários, o envolvimento de um grupo vasto de associações locais que animarão as zonas de comércio com mais de uma centena de feirantes e da praça da alimentação.
A sessão solene do 24 de Junho, realiza-se no campo de São Mamede, à noite, com um concerto da Banda Musical de Pevidém e o Coro de São Mamede a actuarem num espectáculo que promete.
Durante estas comemorações, será apresentada uma brochura com o programa que a comissão científica dos 900 anos da Batalha de São Mamede elaborou para assinalar aquela data.
© 2024 Guimarães, agora!
Partilhe a sua opinião nos comentários em baixo!
Siga-nos no Facebook, Twitter e Instagram!
Quer falar connosco? Envie um email para geral@guimaraesagora.pt.