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Sábado, Novembro 23, 2024

Vitória: órgãos sociais dizem que “o Sr. AP não é associado do clube nem seu zelador”

Economia

“Pelos valores que defende, desde logo a honra, o respeito e ainda pela ligação, entrega e compromisso que sempre teve com o Vitória Sport Clube e os seus adeptos, Álvaro Pacheco avança com queixa-crime por difamação, por si mas também pelos vitorianos que não merecem que quem dirige a instituição não lhes diga toda a verdade de todos os factos”.

Esta frase difundida em alguns jornais, mereceu repulsa e condenação da mesa da assembleia geral, conselho fiscal e do conselho de jurisdição do Vitória. E é parte de um comunicado em que Álvaro Pacheco diz que vai apresentar queixa-crime contra o presidente António Miguel Cardoso.

Fica clara a solidariedade com a direcção e o seu presidente, pois “aceitamos como verdadeiros a totalidade dos factos elencados no comunicado da direcção, alguns dos quais do conhecimento directo dos subscritores, declarando expressamente o apoio institucional à direcção e pessoal ao seu presidente António Miguel Cardoso”.

Reagem contundentemente com o ex-treinador como alvo e “sem prejuízo do respeito que se lhe dispense pelo trabalho realizado durante o exíguo período de sete meses”, sustentam que o ex-treinador “não é, ou alguma vez foi, associado do Vitória Sport Clube, nunca exerceu antes qualquer cargo e/ou assumiu qualquer posição em privado ou em público que o possa distinguir como vitoriano”.

Os dirigentes dos órgãos sociais estiveram na sessão com Nuno Leite e António Miguel Cardoso. © GA!

Este remoque é incisivo e salienta que a ligação de Álvaro Pacheco ao clube foi “aquela que vigorou durante o referido período, e apenas como profissional em exercício de funções de treinador em cumprimento estrito das suas obrigações como tal, que lhe exigem, para além de outras, entrega e compromisso”.

Mas esclarecem que esta “entrega e compromisso que aliás violou desde logo quando solicitou à direcção do clube autorização para negociar outro contrato com um clube brasileiro, entrega e compromisso que violou quando, sem autorização expressa para o efeito, arriscou participar e publicitar um jantar de negócios com os responsáveis daquele clube brasileiro, em detrimento de um evento com os jogadores da equipa de futebol, num período fundamental para as aspirações desportivas daquela”.

Registam que “ao contrário do que pretende fazer crer com o teor daquela nota de imprensa, o Sr. AP quer, mas sem sucesso, utilizar o Vitória Sport Clube e os seus associados e adeptos, com o claro intuito de limpar uma imagem beliscada pela sua própria conduta desadequada e de ambição descontrolada”.

Belmiro Pinto dos Santos, Ricardo Martins Lobo e João Henrique Faria, defendem que “a defesa dos interesses deste prestigiado clube centenário, Vitória Sport Clube, nomeadamente a sua honra e reputação, sempre foram e serão defendidas pela sua enorme massa associativa e adepta bem como pelos respectivos órgãos sociais por aqueles eleitos e em exercício de funções”.

Apesar destas discordâncias, os presidentes dos três órgãos sociais, vincam que “desejamos sucesso ao Sr. AP no próximo projecto no Clube de Regatas Vasco da Gama, mas dispensamos veementemente qualquer tentativa de se arrogar zelador dos interesses do Vitória Sport Clube, seja em que circunstância ou instância for, por carecer de estatuto ou legitimidade para o efeito”.

© 2024 Guimarães, agora!


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