O novo director artístico apresentou o projecto e programação para os próximos dois anos, durante os quais liderará a companhia. “Criação” é o mote do seu mandato que incluirá a abertura de um balcão de apoio à criação.
“Não é uma sucessão, é uma progressão.”
Rui Torrinha, director artístico das artes performativas, anunciou que Mickaël de Oliveira permanecerá como Director Artístico do Teatro Oficina durante dois anos. Foi uma decisão a que chegaram depois do testemunho de Sara Barros Leitão, directora artística durante o ano de 2022. “Não é uma sucessão, é uma progressão”, afirma Torrinha, explicando que Mickaël irá continuar o trabalho de Sara, e não começar de novo.
O director artístico das artes performativas espera colaboração de Mickaël para os Festivais Gil Vicente, em semelhança às actividades programadas por Sara no ano transacto. “Em 2024, o impacto deste projecto será muito visível do que fazer sempre uma sucessão vertiginosa”, reiterou Rui Torrinha. Em 2023, o Teatro Oficina conta com um orçamento de 75 mil euros.
Na apresentação do projecto para os próximos anos, Mickaël de Oliveira revelou que o programa menciona a palavra “criação” 36 vezes, sendo, por isso, o grande lema do seu mandato. “O projecto artístico é baseado na criação, ou seja, a minha grande vontade aqui é de apostar na criação”, confessa o novo director artístico.
A par do que aconteceu com Sara Barros Leitão em 2022, com “Há ir e voltar”, também Mickaël de Oliveira criará a sua própria peça, de nome provisório “Ensaio Técnico” e que estreará entre Setembro e Outubro. O tema centrar-se-á no processo de criação dramatúrgica e terá um open call após o qual Mickaël espera escrever o texto com os actores.
As Oficinas do Teatro Oficina também permanecerão nos moldes estruturados pela ex-directora artística e decorrerão entre Janeiro e Maio. A restante programação terá enfoque na dramaturgia.
O programa arranca em Março com “Encontros de Dramaturgia” que consistirá em oportunidades para a criação textual entre dramaturgos, e “Pensamento”, um ciclo de reflexão e conversas acerca do que se pode fazer pela criação, impasses e desafios associados. No que diz respeito ao envolvimento do público, surge “Antestreia”, uma ‘janela aberta’ para dar a conhecer os trabalhos do Teatro Oficina.
No seguimento do mote de “criação” definido pela direcção artística, surgem as Bolsas de Criação de Dramaturgia, prevendo-se a oferta de três e a selecção será feita através de open call, aberto em Fevereiro. A par das bolsas, o Teatro Oficina organizará Residências Artísticas “com acompanhamento técnico e dramatúrgico”, sob o projecto “Criação Crítica” para projectos no âmbito das artes performativas, em particular, Teatro, a acontecer entre Março e Junho.
Serviços de Apoio à Criação
Talvez a maior novidade esteja associada ao surgimento de uma Linha de Apoio à Criação e de um Balcão de Apoio à criação. O vereador da Cultura e presidente d’A Oficina confessou que já tinha sido identificada a necessidade de um meio de apoio não monetário aos artistas, a par do financiamento do IMPACTA. Mickaël de Oliveira afirmou que esta era já uma ideia que gostava de ver concretizada com sucesso.
A Linha de Apoio entrará em serviço a partir de Março com o objectivo de prestar ajuda aos projectos em fase de preparação, produção e candidaturas a financiamento. É direccionada a artistas de Guimarães e que passem pelo Teatro Oficina e, em especial, às artes performativas.
O Balcão de Apoio terá, inicialmente, apenas espaço físico, mas o objectivo é criar um balcão virtual que facilite o auxílio aos artistas. Está previsto entrar em funcionamento até ao final do ano e foi desenhado por alunos do curso de Design de Produto e Serviços da Universidade do Minho.
📸 GA!
© 2023 Guimarães, agora!
Partilhe a sua opinião nos comentários em baixo!
Siga-nos no Facebook, Twitter e Instagram!
Quer falar connosco? Envie um email para geral@guimaraesagora.pt.
