O evento gastronómico acontece de 4 a 6 de Novembro e tem o Instituto de Design como palco central. Durante três dias celebra-se a gastronomia minhota com foco nas carnes e caldos típicos da região.
O Minho Gastronómico, organizado pelo consórcio Minho IN, chega a Guimarães no primeiro fim-de-semana de Novembro, depois de paragens em Viana do Castelo, sob o tema Doces do Minho, e Braga, com Há Peixe em Braga.
O berço vai trazer à mesa as Carnes e Caldos dos 24 municípios da região do Minho, com contributos para a consultoria gastronómica dos chefs António Loureiro (A Cozinha), Álvaro Dinis Mendes e Liliana Duarte (Cor de Tangerina).
Esta iniciativa tem por objectivo “promover os recursos endógenos do Minho” e “qualificar aquela que é uma das riquezas do Minho que é a sua gastronomia e o seu vinho”, explica Marta Coutada, representante do Minho IN.
Quanto ao programa para os três dias de gastronomia em Guimarães, o chef Álvaro Dinis revelou estar responsável pela Residência Gastronómica, ponto destacado, também, pelo vereador da Cultura, Paulo Lopes Silva. A residência acontece de 2 a 6 de Novembro e conta com a participação alunos de várias escolas de cozinha do Minho em workshops, sessões, showcooking e visitas a produtores. Tudo isto culminará num jantar, dia 6 às 19h00, a ser preparado por estes mesmos alunos, tendo em vista aquilo que aprenderam durante a residência.
Na programação consta ainda showcooking de vários pontos do Minho, provas de vinhos, passeio pelas hortas comunitárias de Creixomil, mercadinho biológico no Museu Alberto Sampaio e quatro conversas baseadas no conceito dos quatro elementos (ar, fogo, terra e água).
Estas conversas serão conduzidas pela chef Liliana Duarte, tendo início dia 5 às 11h00 com o elemento correspondente ao ar, “vento”, segue-se às 15h00 uma conversa sobre a “terra”, centrada à volta de “a narrativa da sustentabilidade alimentar”. Dia 6, é a vez de falar sobre o “fogo”, às 11h00, com a presença do engenheiro florestal Manuel Fernandes e de Teresa Mendes, professora da escola de Hotelaria do Porto, e termina com o tema da “água”, com a colaboração de Carlos Ribeiro, director executivo do Laboratório da Paisagem, e Cynthia Luderer, investigadora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho.
“Do ponto de vista nacional e internacional temos sempre mais força se estivermos juntos”.
O vereador Paulo Lopes Silva, vê este evento como uma oportunidade para Guimarães e para o Minho do ponto de vista turístico: “Quando falamos em promover Guimarães, estamos a falar, necessariamente, em promover toda uma região em que nos inserimos e sentimos que do ponto de vista nacional e internacional temos sempre mais força se estivermos juntos nessa promoção”.
O vereador com o pelouro do Turismo sublinha como objectivo subjacente à organização deste evento, a “sustentabilidade ambiental e a sustentabilidade uma forma mais lata”, destacando a horta pedagógica, o mercado biológico e os produtos desde a sua comercialização até à confecção e prova.
Paulo Lopes Silva espera que o público possa “encontrar à volta deste programa e de tudo que acontecerá durante estes dias os sabores mais tradicionais, os cheiros que nos remetem para as nossas origens e para as casas dos nossos avós mas sem deixar de olhar para tudo isso de uma forma contemporânea, de uma forma sustentável e de uma forma que nos permita, através da gastronomia, promover toda esta região”.
O chef António Loureiro reforça esta ideia e afirma que o evento “irá marcar o ritmo gastronómico de Guimarães”. “Penso que vai ser um momento de enaltecer tudo aquilo que se produziu nos últimos anos” e “recuperar parte desse legado”, acrescenta o detentor de uma estrela Michelin. Em relação ao seu papel, vê esta iniciativa como uma oportunidade de “criar aqui alguma inovação, criar aqui algumas coisas onde possamos aliar a tradição e a inovação”.
O vereador do Turismo deixa uma nota a relembrar que todo o evento será acompanhado por momentos de animação e artistas em diversos espaços.
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