Cartografias do Feminino é o tema da conferência organizada pela Sociedade Martins Sarmento em parceria com o Município de Guimarães e o Município Chapada dos Guimarães, a acontecer dia 22 de Outubro, pelas 16h30.
A sessão que se realiza no âmbito do protocolo de amizade entre as duas cidades (Guimarães e Chapada dos Guimarães, Brasil, estabelecido em 2021), contará com a participação da professora Maria Luísa Malato Borralho, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, que apresentará a vida e a obra de Catarina de Lencastre, poetisa vimaranense.
O título que deu à sua conferência “À descoberta de uma poetisa do século XVIII”, remete para a dificuldade de conhecer uma mulher do século XVIII, de localizar o que terá sido a sua produção literária, de quais terão sido as suas motivações e inspirações.
Para além da conferência, a Sociedade Musical de Guimarães apresentará músicas da época e jovens de Chapada dos Guimarães irão declamar alguns dos poemas da escritora oriunda da família da Casa de Vila Pouca.
Este evento decorre na semana em que o prefeito da cidade brasileira, Osmar Froner, efectua uma visita institucional à Cidade Berço.
Esta colaboração com Chapada dos Guimarães junta-se a um trabalho de parceria através do programa PEGADAS, no âmbito da estratégia para o desenvolvimento sustentável, que se estende a escolas desta cidade brasileira, através do Laboratório da Paisagem.
A ligação entre as duas cidades faz ainda mais sentido quando conhecemos a história de Catarina de Lencastre. A poetisa casou por procuração em 1767, com Luís Pinto de Sousa Coutinho (1735-1804), que viria a ser o 1º Visconde de Balsemão. Este, no início da sua carreira política, foi nomeado governador de Mato Grosso, cargo que ocupou de 1769 a 1772.
Catarina não acompanhou o marido nesta missão. Terá sido por influência de Luís Pinto de Sousa Coutinho, durante a sua estadia em Mato Grosso, que o município de Santana de Chapada passou a chamar-se Santana de Chapada dos Guimarães.
Catarina de Lencastre nasceu em Guimarães, filha dos Senhores da Casa de Vila Pouca, uma família com grande prestígio político e ligação à cultura, onde acedeu a uma educação cuidadosa. A sua obra poética, reconhecida por vários contemporâneos, mantém-se inédita, tendo sido nos últimos anos objecto de investigação.
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