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Domingo, Novembro 24, 2024

Braga: é Capital Mundial dos Micróbios na próxima semana

Economia

A Universidade do Minho recebe de 12 a 16 de Junho a 15ª conferência internacional de colecções de culturas, com cerca de 150 participantes de 33 países.

A iniciativa vai destacar o papel dos micróbios no bem-estar social e na sustentabilidade, como a preservação de alimentos, a produção de vacinas e antibióticos, as bacterioterapias, os biofertilizantes, os biocombustíveis e a valorização de resíduos. O programa decorre no auditório A1 do campus de Gualtar (Braga) e online, incluindo sete sessões plenárias, 46 comunicações orais, 54 posters, dois workshops, um minicurso e uma mesa redonda sobre tecnologias de ponta na área.

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A abertura oficial é na Segunda-feira, às 9h30, com o presidente da Federação Mundial das Colecções de Culturas (WFCC), Ipek Kurtboke, o presidente da União Internacional das Sociedades de Microbiologia, Rino Rappuoli, e o representante da Agência Executiva para a Investigação da Comissão Europeia, Andreas Holtel. Vão também intervir o presidente do Município de Braga, Ricardo Rio e, da parte da organização, o reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, o reitor da Universidade de La Frontera (Chile), Eduardo Hebel, e o coordenador do evento, Nelson Lima, que também dirige a Infraestrutura Europeia de Investigação em Recursos Microbianos (MIRRI-ERIC) e a Micoteca da UMinho. De seguida, são as palestras das conceituadas professoras Ellen Jo Baron, da Universidade de Stanford (EUA), e Rosa Aznar, da Universidade de Valência, entre outros.

“Os micróbios são cada vez mais a base da produção de alimentos, de fármacos e de energia verde.”

Após acolher em Dezembro a sede europeia da MIRRI-ERIC, Braga e a UMinho voltam ao mapa internacional na área. Esta conferência trienal decorre sob os auspícios da WFCC, que congrega mais de 3.3 milhões de micróbios isolados e caracterizados de 830 colecções de 78 países. Estas colecções estão ao dispor de novos utilizadores para se acelerar a inovação e a bioeconomia. “A indústria 4.0 e a biotecnologia têm-se afirmado neste século, logo os micróbios são cada vez mais a base da produção de alimentos, de fármacos e de energia verde, entre tantos aspectos”, explica Nelson Lima.

O professor da UMinho acrescenta que a pandemia covid-19 universalizou a consciência social sobre os micróbios, desde os mais benéficos aos problemáticos. “Este grupo de seres vivos tem elevado potencial para se continuar a criar soluções inovadoras, ambientais e económicas e contribuir positivamente para os grandes desafios societais da economia circular, saúde planetária, segurança alimentar, transição climática, descarbonização e biodiversidade”, realça, assinalando a “importância especial” da presente conferência para afirmar Portugal neste domínio.

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