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Quinta-feira, Abril 25, 2024
Sílvia Abreu
Sílvia Abreu
Vimaranense Liberal, licenciada em Ciências da Comunicação pela Universidade do Minho. Gosta de ler, caminhadas ao ar livre e de desafios. Acredita na máxima: "Sê a mudança que queres ver no Mundo". Membro da Iniciativa Liberal desde 2021.

O Liberalismo funciona e faz falta a Portugal

A frase veio para ficar, qual mantra de início de debates dito e redito por João Cotrim Figueiredo e posteriormente afixado em outdoors espalhados por todo Portugal. Mas porque é que é necessário fazer este tipo de comunicação tão centrada num ideal Liberal aqui em Portugal? Porque é que a Iniciativa Liberal tem necessidade de acenar com a bandeira e falar constantemente de Liberalismo?

Haverá inúmeras razões, mas eu arrisco-me a dizer que é necessário falar de Liberalismo pois este é contranatura a Portugal. A realidade é que vivemos num país fortemente condicionado pelos ideais Socialistas, em que a solidariedade levada ao extremo é vista como uma definição de carácter.

A ideia de redistribuição de riqueza é o porta-estandarte dos partidos de esquerda (do centro-esquerda à extrema-esquerda). “Vamos ajudar os pobres! Vamos ajudar os mais desfavorecidos!”, gritam. No entanto, nunca os ouvi dizer que querem ACABAR com a pobreza. Porque será?

O que também fica por salientar nesta retórica é que a solidariedade e o Estado Social só fazem sentido se houver capacidade de passado o momento de crise, o indivíduo erguer-se e continuar a caminhar pelos seus próprios pés. A “ajuda” constante e continuada mina a confiança e alimenta a falta de ambição.

Mas vamos tentar desconstruir isto da “falta de ambição”. Primeiro, há que estabelecer que já não se está apenas a taxar os ditos “Ricos das Offshores” – calculo que se refiram a milionários, mas ainda não vi nenhum número associado à definição que a esquerda tem quando se refere aos “ricos” ou “mais ricos”.

Há um estigma contra o lucro e a ascensão social no nosso país. A ambição é “pecado capital”.

A Classe Média portuguesa está asfixiada. Há receio, retifico, há medo instalado em relação a ganhar dinheiro em Portugal. Há um estigma contra o lucro e a ascensão social no nosso país. A ambição é “pecado capital”. O mérito não é nem reconhecido, nem recompensado.

Deixem-me contar-vos a história do João. O João trabalha por conta de outrem, mas por gosto e por vontade de ir mais além, começou um negócio à parte que faz com dedicação e, claro está, para conseguir aumentar os seus rendimentos ao final do mês. No entanto, e isto é que é preocupante, o João organiza o seu negócio e os contratos que aceita não pela máxima de “quanto mais melhor”. Não! O João faz contas ao seu escalão de IRS para que no final do ano não seja penalizado.

Para que no final do ano o esforço que dedicou ao seu negócio extra não seja absorvido, numa grande parte, pelo Estado. Basicamente, o João tem medo de ganhar mais dinheiro pois irá ser taxado como “rico”.

O João é o retrato dos pequenos investidores em Portugal. É o retrato das pessoas que me rodeiam e daquelas que fui encontrando nas ruas em ambas as campanhas eleitorais em que estive envolvida (autárquicas 2021 e legislativas 2022).

Então porque é necessário falar de Liberalismo? Porque o que o Liberalismo nos diz é que TU mereces querer mais. TU mereces ter ambição. TU estarás a contribuir para a sociedade se trabalhares e fores recompensado pelo teu esforço. TU tens mérito e deves orgulhar-te do teu trabalho e ser recompensado por isso. E não, não tens de dividir tudo com todos. Não, não te encolhas se queres crescer.

Como disse, é contranatura.

Destas Eleições Legislativas o que retiro é que o medo impera em Portugal. Há medo da mudança. Há medo de ganhar dinheiro. Há medo de pensar num Portugal maior e melhor. Só assim posso compreender uma maioria absoluta no Partido Socialista.

Mas há esperança. Há esperança porque o Liberalismo também ganhou. Porque a Iniciativa Liberal conseguiu eleger um Grupo Parlamentar. Porque foram eleitos 8 deputados sem populismos e sem atalhos.

E porque realmente, o Liberalismo funciona e faz falta a Portugal.

© 2022 Guimarães, agora!


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