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Domingo, Maio 25, 2025

Apagão: Município quer mais autonomia para dar respostas prontas e eficazes

Economia

O apagão já lá vai e a Câmara fez o balanço desta ocorrência inédito e dos desafios que deixa para o futuro, no caso da utilização da energia em situações como a de ontem.

Joaquim Carvalho, director municipal da DMITAAC – Direcção Municipal de Intervenção no Território Ambiente e Acção Climática – deu conta do que “o Município pode fazer nestas situações ao nível dos centros de saúde, das escolas e na sede da autarquia”.

A experiência de ontem permitiu retirar algumas conclusões, sobretudo, quando “todos ficamos impotentes face a um problema local, regional, nacional, ibérico (também trans-fronteiriço) e europeu”.

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E saber que “equipamentos críticos” são necessários ter ao alcance e em bom estado de manutenção. O gerador é um deles de modo a garantir energia em locais estratégicos – em Santa Clara para permitir a coordenação de intervenções – com a selecção de escolas, de centros de saúde.

O objectivo é preservar medicamentos que precisem de frio permanente – no caso dos centros de saúde com as vacinas – que justificam uma concentração em edifício escolar. O mercado oferece geradores que funcionam com gasóleo e gasolina – têm ciclos de manutenção para que quando forem precisos funcionem mesmo.

Neste caso o Municipio inclui o gerador como parte “da rede crítica de equipamentos” e de um sistema que obriga a verificações e manutenções permanentes. O que permite uma relativa “autonomização” para “respostas de intervenção prontas”.

Joaquim Carvalho admite que as comunidades de energia que vão sendo implantadas no concelho de Guimarães por iniciativa pública e privada podem ter um papel importante nesse quadro de “respostas prontas”, mesmo que haja quem queira lembrar os condicionamentos legais – a rever – para usar nestas situações de excepção.

O uso de baterias, também, foi abordado nos desafios que situações drásticas como um apagão podem obrigar a utilizar.

Admite que o seu usos esteja limitado por custos altos que modelos antigos têm, citando o caso das baterias instaladas na Academia de Ginástica – desactualizadas, pois há novas a custar menos. No que toca ao uso de painéis foto-voltaicos, já instalados em algumas escolas.

O apagão deixa aos serviços do Município linhas de orientação, a seguir, por regra: a existência de geradores com manutenções frequentes abastecidos com combustível regular – por trocas temporárias, existência de baterias que oferecem mais garantia.

No que toca ao trânsito, cuja regulação sem semáforos pode gerar situações de conflito nas estradas, ruas ou avenidas da cidade, o director municipal propõe, num plano de prioridades para o uso da energia, o uso de semáforos alimentados por energia solar.

“Precisamos de multiplicar os exemplos que existem.”

“Já temos isso em Guimarães – informou – mas precisamos de multiplicar os exemplos que existem”.

Dando conta de tudo o que o Município pode fazer na área da energia, adiantou que no abastecimento de água, a Vimágua terá de manter a captação e a distribuição com a utilização de baterias que asseguram o funcionamento das bombas utilizadas na captação de água do rio Ave. E ter também um sistema que forneça energia foto-voltaica, pois os sistema de bombagem tem altos consumos de energia.

Daniel Estebainha destacou a cooperação das empresas e a resiliência dos cidadãos nesta crise. © GA!

Sobre a utilização de geradores no hospital da Senhora da Oliveira, Joaquim Carvalho afirmou que o gerador existente apenas garante energia para serviços mínimos – como a manutenção de medicamentos com a utilização de frio e de aparelhos utilizados em doentes com necessidades respiratórias, uma situação a rever para manter uma utilização mais geral de todo o hospital numa situação de falta de energia.

“Uma realidade inesperada que nos levou a agir perante a adversidade.”

A vereadora da Protecção Civil, Sofia Ferreira, fez o ponto de uma situação crítica que terminou às 09h30 desta manhã, foi um confronto “com uma realidade inesperada que nos levou a agir perante a adversidade” e em que a população “manteve a calma necessária”.

Os agentes da Protecção Civil envolvidos neste apagão – Bombeiros e forças de segurança e serviços municipais – mereceram elogios pelo seu desempenho. Destacou a prontidão da resposta dos Bombeiros “em situações mais complicadas”.

O foco da preocupação da comunidade da Protecção Civil em Guimarães esteve sempre na área da saúde, com o objectivo de garantir a prestação de serviços.

Também, o abastecimento de água foi garantido pela Vimágua graças a um trabalho interno preventivo permanente.

E num cenário da ausência de comunicações telefónicas móveis ou fixas, a rede SIRESP serviu de elo de ligação entre os agentes envolvidos na prestação de serviços nas áreas mais vulneráveis como a saúde e o abastecimento de água.

Deu conta ainda dos meios mobilizados nesta operação contra o apagão, depois de a meio da tarde de ontem o Hospital começar a ser pressionado.

Cerca de 40 camas foram instalados no pavilhão do Inatel para prontamente para dar ajuda ao Hospital.

Agora, a vereadora informou que o rescaldo desta situação vivida na Protecção Civil com “serenidade” e consciência dos riscos em jogo, será objecto de “uma avaliação” e do factor crítico que considera ser o gerador “a palavra mais utilizada durante esta crise de falta de energia”.

E deixou para a Direcção Municipal de Intervenção no Território Ambiente e Acção Climática, uma abordagem mais técnica do deve ser prevenido para o futuro. E de como reforçar a autonomia da intervenção municipal em situações como esta, terminando agradecendo a resposta genericamente “serena” da comunidade da Protecção Civil e dos cidadãos, cujo comportamento garantiu a paz social no território.

Sofia Ferreira corroborou a ajuda do sector empresarial nesta situação com o fornecimento de geradores, referida pelo responsável pelo serviço municipal de Protecção Cilvil, Daniel Estebainha.

© 2025 Guimarães, agora!


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