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Terça-feira, Abril 23, 2024

PS Guimarães: Dá a conhecer reforço de investimentos públicos no HSOG

Economia

Na passada Sexta-feira, pelas 21h30, decorreu, na sede do PS, mais um debate visando interrogar e analisar a saúde em Guimarães e promover o debate político e social, desta vez dedicado à saúde mental. O debate, moderado por Zara Pontes, presidente concelhia do departamento das Mulheres Socialistas, contou com a presença de Adelina Pinto, vereadora da Câmara de Guimarães com o pelouro da Educação e da Saúde, Pedro Morgado, coordenador regional de saúde mental na ARS Norte e Miguel Gonçalves, presidente da Escola de Psicologia da Universidade do Minho.

O coordenador regional de saúde mental na ARS Norte trouxe dados relativos aos serviços de psiquiatria no Hospital de Guimarães, dando conta de que aquele serviço foi o que mais cresceu em percentagem de especialistas relativamente à média do país. Acrescentou que o HSOG passará a ter um edifício permanente para urgências psiquiátricas, até aqui realizadas em Braga, bem como uma área hospitalar específica, em edifício autónomo, nas cercanias do actual hospital, possibilitando um reforço exponencial dos cuidados continuados, e que representa um investimento de mais de 2,5 milhões de euros, “permitindo uma aposta de serviços bastante mais amplificada e qualificada, essenciais para o processo de desinstitucionalização das pessoas com doenças psiquiátricas”.

Pedro Morgado deu a notícia de que irão ser criados, também em Guimarães, conselhos locais de saúde mental que ajudarão a passar de um paradigma de cuidado da doença mental centrada na institucionalização, para um outro cada vez mais próximo das comunidades locais, susceptíveis de se organizarem como instâncias de acolhimento e cuidado de proximidade. Defendeu que o modelo anterior, de institucionalização dos cuidados de saúde e de cuidados mentais, já não serve, defendendo, em alternativa, um “modelo de proximidade, com equipas comunitárias”, mesmo para as patologias mentais mais graves.

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Por sua vez, Adelina Pinto começou por elencar, sobretudo, os programas educativos municipais dirigidos à prevenção da saúde mental, mas também aos mais velhos e às famílias em geral, susceptíveis de prevenir os fenómenos de exclusão ou estigmatização social. Mais amplamente, Adelina Pinto defendeu que “as cidades são elas próprias essenciais à saúde mental enquanto espaço de vida urbana mais verde, com menos ruído, com menos poluição e com melhor qualidade de vida”, reforçando que as cidades têm ser desenhadas não só para as funcionalidades económicas e os adultos, mas também para “as crianças e os mais velhos”, tornando-se amigáveis e emocionalmente sustentáveis.

Miguel Gonçalves deu conta daquilo que chamou “mitos sobre as doenças psicológicas” que tendem a estigmatizar os doentes, e que podem ter origem nos próprios profissionais de saúde, ainda que de modo involuntário e inconsciente, desde logo porque nos casos da doença mental é, muitas vezes, difícil “distinguir aquilo que constitui a doença daquilo que constitui a própria identidade pessoal” de cada um. Defendeu, para Portugal, um sistema de saúde mental semelhante, ou inspirado, no modelo britânico, em que uma rede nacional de psicólogos provê cuidados psicoterapêuticos qualificados que não se limitam a meros apontamentos psicológicos, ineficazes pela sua escassez e inacessibilidade.

O presidente da Comissão Política Concelhia do PS de Guimarães, Ricardo Costa, encerrou o debate defendendo que a saúde mental constitui um dos núcleos mais relevantes do processo de defesa da saúde local, concluindo que aquela sessão foi “um importante contributo para a reflexão e acção política em Guimarães”, visando qualificar as políticas e os instrumentos de defesa da saúde pública locais.

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