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Sexta-feira, Março 29, 2024

PRR: Fundos destinados a Guimarães são inferiores a Braga e Famalicão

Economia

O vereador do PSD, Ricardo Araújo, expressou “preocupação e inquietação” relativamente à atribuição dos fundos do PRR. Dos 530 milhões de euros destinados aos distritos de Braga e Viana do Castelo, Guimarães receberá 40 milhões.

“Cerca de 52% deste valor está previsto para o concelho de Braga. Em contrapartida, Guimarães só tem 7%”.

Ricardo Araújo interpelou o presidente da Câmara acerca dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), mostrando-se “preocupado” com a discrepância na atribuição dos montantes. “Em cerca de 530 milhões de euros que estão previstos para estes dois distritos [Braga e Viana do Castelo], cerca de 52% deste valor está previsto para o concelho de Braga. Em contrapartida, Guimarães só tem 7%”. Esses 7% atribuídos ao nosso concelho correspondem a 40 milhões de euros, enquanto que os 52% da capital de distrito correspondem a 274 milhões de euros.

“Guimarães fica atrás de Braga, fica atrás de Famalicão e fica atrás de Viana do Castelo”. Famalicão receberá 90 milhões de euros, correspondente a cerca de 17% do total, enquanto que Viana do Castelo tem destinados 55 milhões de euros, cerca de 10,4% da totalidade dos fundos.

O vereador social-democrata menciona um “segundo factor de preocupação” que se prende com a “tipologia do próprio investimento e a qualificação desse investimento”. Ricardo Araújo dá como exemplos os dois maiores projectos bracarenses, financiados pelo PRR: “São projectos liderados por empresas, que envolvem centros de tecnologia, universidades, etc. São dois projectos em áreas tecnológicas de forte valor acrescentado, com forte potencial de criação de postos de trabalho qualificado”.

Menciona, também, o principal projecto de Famalicão que envolve “um cluster no sector têxtil e do vestuário, mais uma vez envolvendo empresas, centros de tecnologia e centros de investigação”. Remata dizendo que em Guimarães, o principal projecto financiado pelo PRR “é o projecto das acessibilidades ao AvePark, ou seja, uma estrada”. Ricardo Araújo expressou-se mais indignado ainda pelo projecto de Famalicão se centrar numa indústria que é, historicamente, liderada por Guimarães. Ainda que empresas vimaranenses façam parte desse cluster, para o vereador é “mais grave” ser uma empresa de Famalicão a liderar o projecto e Guimarães “ir de reboque”.

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Em resposta, o presidente da Câmara, Domingos Bragança, clarifica que “o PRR, nas suas agendas mobilizadoras, foi muito vocacionado para as grandes empresas ou, até, para as muito grandes empresas”. O autarca explica que, em contrapartida, “a estrutura empresarial de Guimarães é constituída por milhares de micro, pequenas e médias empresas”. Ainda assim, “não quer dizer que as empresas de Guimarães não estejam nos consórcios das diversas agendas mobilizadoras”, esclarece.

“Guimarães está [incluída nas agendas mobilizadoras] mas como não é líder do consórcio, a localização geográfica desse recurso financeiro, desse apoio está a contabilizar para o concelho onde está localizada essa empresa”, completa o edil.

“Guimarães tem ido a todas as candidaturas e todas as suas candidaturas têm sido aprovadas”.

O presidente da Câmara faz ainda questão de referir que, no que diz respeito ao investimento público do PRR para iniciativas do Município, “Guimarães tem ido a todas as candidaturas e todas as suas candidaturas têm sido aprovadas”. Nestas candidaturas estão incluídas as residências para alunos universitários – na antiga escola de Santa Luzia, correspondente a 150 camas e no AvePark, que terá 177 camas.

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