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Quinta-feira, Março 28, 2024

PCP: ligação ferroviária Braga-Guimarães no parlamento

Economia

A proposta já foi apresentada na Assembleia da República em legislaturas anteriores mas não chegou a ser votada e a sua justeza e pertinência leva os comunistas a submeterem novo projecto de resolução.


“Pela melhoria do transporte ferroviário no distrito de Braga e a concretização da ligação directa Braga/ Guimarães”, é o título do projecto de resolução com que o PCP quer ver concretizada a linha de caminho de ferro entre Braga e Guimarães.

A falta de ligação directa entre Braga e Guimarães dificulta o uso deste transporte, na medida em que é difícil conciliar horários profissionais ou escolares com os horários dos comboios. 

Justificam, por isso, que “não havendo uma linha ferroviária que una os dois concelhos directamente, para utilizar o comboio é necessário trocar de linha em Lousado e ali apanhar o comboio que liga o Porto a Guimarães”. Esta viagem faria com que se perdesse uma hora e trinta minutos neste percurso utilizando as ligações existentes.

O PCP reconhece que “existe uma forte deslocação entre as duas cidades, quer para quem trabalha, quer para quem estuda”

E lembra que a Universidade do Minho tem um campus em Guimarães para além de outros serviços e actividades económicas que envolvem muitos trabalhadores e implicam ligações constantes entre os dois concelhos. 

“É o resultado de uma política de desinvestimento e abandono do sector ferroviário”.

Assim, “a situação com que se deparam os utentes dos comboios e os milhares de utilizadores de transportes públicos no distrito de Braga que poderiam utilizar este sistema de transporte – caso a oferta fosse adequada às suas necessidades – é o resultado de uma política de desinvestimento e abandono do sector ferroviário que conduziu a um grave retrocesso no direito à mobilidade”

A DOR Braga do PCP lembra a “inexistência de uma cintura ferroviária entre as quatro maiores cidades do distrito (Braga, Guimarães, Barcelos e Famalicão), juntamente com a destruição de linhas férreas – como a ligação entre Guimarães e Fafe ou Famalicão e Póvoa de Varzim – e o adiamento de importantes investimentos são alguns dos factores que limitam a importância estratégica e estruturante para a economia do caminho-de-ferro e o desenvolvimento harmonioso da região e do país. A modernização da linha do Minho, defendida pelo PCP há décadas é exemplo flagrante da falta e atraso do investimento, só recentemente foi iniciada e já se depara com atrasos em relação à calendarização estipulada”.

Considera, entretanto, crucial “a existência de uma ligação directa entre Braga e Guimarães que permitiria uma articulação muito maior e necessária entre estes concelhos”.

Sobre o metro de superfície defendido pelos municípios do Quadrilátero Urbano – Barcelos, Braga, Famalicão e Guimarães – que aguarda estudos técnicos pedidos à CCDR-Norte e do Eixo-Atlântico, o PCP entende que esta ideia de investimento pedida ao Governo central, através do Ministro das Infraestruturas e ao Ministro da Coesão Territorial merece uma resposta.

“Está na hora de o Estado corrigir esta discriminação negativa”.

E que “está na hora de o Estado corrigir esta discriminação negativa e tratar a região minhota como o tem feito nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto”

O PCP critica, entretanto, os municípios do Quadrilátero de criarem ruído e confusão com a exigência de investimento no metro de superfície que atenta contra a promoção do reforço das empresas públicas – CP – e não tem “qualquer enquadramento ou aferição prévia nos órgãos autárquicos”.

Lembram os comunistas que através da CDU foi legitimidade a exigência de investimento em meios ferroviários – em oposição ao encerramento de linhas – propostas que foram acompanhadas por outras forças políticas.

Agora que “o Governo tem ao seu dispor meios excepcionais para realizar investimento nos transportes públicos e em que afirma o desenvolvimento do transporte ferroviário como desígnio”, a DORB do PCP reclama, como prioridade, a concretização da ligação ferroviária directa entre os concelhos de Braga e de Guimarães e, depois o fecho da malha ferroviária com uma linha de concordância para Barcelos. 

Na conferência de imprensa participaram os membros da DORB do PCP Torcato Ribeiro, Tânia Silva e Jorge Matos.

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