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Domingo, Outubro 6, 2024

PAN: padrões alimentares das crianças e jovens são preocupação

Fazer com que o Município tenha respostas efectivas relativamente à alimentação das crianças e jovens, é o desejo do PAN.


Rui Rocha, dirigente do PAN não está satisfeito com a educação de crianças e jovens, no que toca à alimentação.

Recorda um estudo da Universidade de Aveiro, publicado em Novembro de 2020, no qual  Guimarães foi um dos municípios analisados. O estudo dá conta de que “os padrões alimentares dos portugueses são insustentáveis: a alimentação pesa 30 por cento na nossa pegada ecológica, mais do que os transportes ou o consumo de energia. Esta percentagem faz de Portugal o país mediterrânico com a maior pegada alimentar per capita”

O mesmo estudo apresenta ainda conclusões relevantes sobre “a frágil estrutura das políticas públicas nacionais e municipais para inverter a tendência”.

Rui Rocha, porta-voz do PAN revela que outros estudos mostram, também, que há uma percentagem crescente de jovens com excesso de peso e, por exemplo, o consumo de carne entre os portugueses é quatro vezes superior ao recomendado na Roda dos Alimentos, como revelou há poucos dias o INE no relatório Balança Alimentar Portuguesa para 2016-2020.

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“Há pouquíssimos dias, apareceu na comunicação social, que o Município quer educar as nossas crianças e jovens para uma alimentação saudável. Trata-se, mais uma vez, de um lindo slogan com pouca substância, pois não conhecemos nenhuma medida excepcional do município de Guimarães para além do que muitos municípios portugueses fazem” – declarou Rui Rocha.

E acrescenta: “no fundo, cumpre-se com os programas superiormente definidos e aposta-se muito na sensibilização dos alunos, mas cujos resultados são débeis e muito dependentes da receptividade das escolas e do dinamismo dos professores, faltando acções e decisões concretas que suportem essa sensibilização.”

“Há uma necessidade urgente de mudarmos para padrões alimentares saudáveis, nutritivos e sustentáveis.”

Sustenta ainda que “há uma necessidade urgente de mudarmos para padrões alimentares saudáveis, nutritivos e sustentáveis, do ponto de vista social, económico e ambiental.”

O dirigente do PAN defende que “as ementas semanais das cantinas das escolas do pré-escolar e do primeiro ciclo podem, perfeitamente, incluir pelo menos o dia sem peixe ou carne, à semelhança do que já se faz noutras cidades e países da UE. Não há nenhuma razão para que nesta área o município de Guimarães não seja pioneiro cá dentro, oferecendo uma refeição vegetariana de qualidade, pelo menos uma vez por semana.”

Entretanto o PAN já questionou a autarquia se o caderno de encargos actual das cantinas escolares da responsabilidade da Câmara Municipal inclui preocupações de sustentabilidade e se a vereação pondera encetar medidas conducentes à introdução, a curto prazo, do menu vegetariano de qualidade, nutritivo e saudável, nas cantinas, nos mesmo moldes que é oferecido o menu de peixe e carne. O PAN até ao momento ainda não obteve resposta.

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