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Sexta-feira, Março 29, 2024

Oposição: rejeita Relatório e Contas 2022 do executivo socialista

Economia

A reunião de Câmara do executivo municipal realizou-se, excepcionalmente, hoje, Segunda-feira. Na ordem de trabalhos, esteve em discussão e votação o Relatório e Contas de 2022, aprovado pela maioria do PS, com votos contra da coligação Juntos por Guimarães (JpG).

O vereador do PSD, Ricardo Araújo, justificou a intenção de voto da oposição, apontando sete motivos pelos quais iriam votar desfavoravelmente. Começou por explicar que ambos os partidos têm “visões distintas”, argumentando que “o relatório de actividades e contas de 2022 traduz a actuação do Partido Socialista no primeiro ano de mandato”. “Este primeiro ano traduz uma visão que é distinta da nossa em termos de prioridades de actuação política”, completou.

“Continuamos a perder empresas, não somos capazes de captar investimento, por essa via não somos capazes de criar novos empregos.”

O segundo ponto mencionado pelo vereador social-democrata prende-se com a política fiscal aplicada pelo executivo do PS. “Nunca o Município arrecadou tanta receita em impostos como em 2022. Do nosso ponto de vista, havia mais do que espaço para uma redução fiscal às pessoas e às empresas”, defendeu Ricardo Araújo. A terceira razão, ligada à segunda e mencionada, também, por Bruno Fernandes no período antes da ordem do dia, traduz-se no desenvolvimento económico do concelho. A oposição acredita que “o Partido Socialista continua, como ainda hoje foi bem visível, sem dar a devida atenção” a esta matéria. “Nós continuamos a perder empresas, não somos capazes de captar investimento, por essa via não somos capazes de criar novos empregos, empregos qualificados que permitam aumentar o rendimento médio das famílias em Guimarães”, alegou Ricardo Araújo.

Ricardo Araújo (vereador PSD). 📸 GA!

O financiamento e autonomia das freguesias e presidentes de junta foi outra das razões apontadas pelo PSD. “Nós defendemos uma nova forma de ver e de relacionamento entre a Câmara e as juntas de freguesia. Um relacionamento que reforce as competências, as responsabilidades e, sobretudo, que reforce do ponto de vista financeiro as transferências que são feitas do Município para as juntas de freguesia”, clarificou o vereador da coligação JpG.

Como quinto argumento, a oposição apontou a área da mobilidade, na qual avaliam que o PS “demonstrou incapacidade total de resolver, ou sequer de dar início aos procedimentos necessários para resolver os problemas de acessibilidade e de mobilidade”. A sexta razão é uma outra área que tem sido bastante discutida a nível local e nacional, a habitação. Ricardo Araújo relembra as sete medidas que o PSD apresentou, recentemente, e que foram rejeitadas pelo PS. “O Partido Socialista continua a escrever documentos, a rever os mesmos documentos e, objectivamente, continuamos sem ter as propostas e os programas implementados em Guimarães”, aponta o social-democrata, referindo-se à Estratégia Local de Habitação.

A coligação JpG aponta, em sétimo, um conjunto de obras que não foram, ainda, concretizadas pelo executivo socialista. “Por último, um conjunto de obras que o Partido Socialista se comprometeu, quer nas eleições autárquicas de 2021, quer mesmo que estão plasmadas no plano de actividades de 2022 e que, objectivamente, não saíram do lugar”, acusa Ricardo Araújo.

Sofia Ferreira (vereadora PS). 📸 GA!

“O município está no bom caminho no sentido de concretizar os compromissos que assumiu com os vimaranenses.”

Nas declarações finais à imprensa, a vereadora Sofia Ferreira tomou o lugar do presidente da Câmara e abordou esta questão do Relatório e Contas de 2022. “O resultado e o documento que aqui trouxemos, quer em termos de actividades, quer em termos financeiros, reflecte que o Município está no bom caminho no sentido de concretizar os compromissos que assumiu com os vimaranenses”, defende a socialista.

A autarca explica que o relatório “reflecte que muitos dos projectos que estão assumidos já estão em concretização, estão a ser implementados”. Argumenta, ainda, que “o mais importante é vermos que no documento estão reflectidos os critérios, os trabalhos base, que permitirão, nos próximos tempos, a concretização de projectos estruturantes”.

Sofia Ferreira aponta o “trabalho que está em curso” reflectido no relatório, como a “ligação à rede de alta velocidade”, “a própria via do AvePark”, a “requalificação do espaço público, na criação de novos equipamentos como a escola-hotel, por exemplo, na área da habitação social”. “No relatório de actividades que hoje trouxemos vemos que temos áreas, em quase todas elas, onde temos já projectos concretos em execução. E também se reflecte todo o trabalho que é necessário fazer, que demora o seu tempo e que permitirá a um breve/médio prazo vermos no terreno projectos tão falados, tão necessários e que nós tão defendemos para o nosso território”, sublinha a vereadora.

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