A reunião realizou-se numa das unidades fabris mais notáveis do forte tecido industrial de Pevidém. Foi num cenário de concelho real onde vivem pessoas, laboram empresas, e tem empresários que labutam em defesa de um concelho próspero e rico.
O protocolo da reunião, não foi o mesmo para além do aparato da máquina administrativa que apoia o executivo. Por exemplo, o presidente da Junta de Selho São Jorge dirigiu-se aos presentes, mostrando como “somos orgulhosamente um território que sempre entrelaçou os fios do têxtil com a vida da comunidade e de centenas ou milhares de famílias”.
António Ribeiro, presidente da Junta, serviu-se do “ícone do seu orgulho colectivo” que se apresenta à entrada da vila, para lembrar que “fomos e somos o coração da indústria têxtil do concelho”. E prosseguiu, afirmando que “pulsamos a este ritmo, com alegrias e tristezas; com sucessos e adversidades; com chão de fábrica e horizontes de esperança; com raízes e asas para sonhar; com lar e novos mundos”.
Numa eloquente intervenção sobre o amor próprio de pertencer a Pevidém, defendeu que “nós somos o chão desta ‘fábrica-família’, em que tantas vezes, ao longo de gerações, a família foi tantas vezes a fábrica e a fábrica foi e é tantas vezes a família”. E deu como “excelente” exemplo a empresa J. Pereira Fernandes, cuja “terceira geração envolvida no negócio fundado pelo avô, com um efectivo de mais de 200 trabalhadores, que tem vencido e superado os desafios dos tempos, que tem apostado na automatização dos processos e realizado notáveis investimentos”. Sublinhou: “tudo para nunca esmorecer, para saber reagir e ultrapassar dificuldades, com olhos postos na evolução, na inovação e em novos mercados”.
O autarca foi justo, lembrando que “em Pevidém, este é um exemplo que se multiplica por muitos outros, pelo que me atrevo a dizer que esta é uma vila e uma população exemplares e de referência no que respeita à temática desta segunda edição do ‘Mês da Economia’ que aqui nos junta: sempre e permanentemente focados na inovação, na criatividade e no papel que os diferentes agentes económicos devem assumir num mundo mais sustentável e consciente”. E agradeceu a Manuel Couto Alves por ter instalado o seu Hub nas antigas instalações da Têxteis Tarf que adquiriu.
“Sim, Pevidém teve e tem a sua actividade industrial e económica no centro e orgulhamo-nos colectivamente muito disso”, lembrando, no entanto, há mais vida na vila para além da indústria.
“Pevidém é um território de gente dinâmica, empreendedora e envolvida nas mais diversas causas sociais e culturais.”
Sendo muito mais que “um território industrial, criador de emprego e riqueza, Pevidém é um território de gente dinâmica, empreendedora e envolvida nas mais diversas causas sociais e culturais. A nossa dimensão também se reflecte nas nossas instituições e associações” – recordou.
António Ribeiro disse que no exercício da sua função “pude comprovar e perceber melhor a importância de Pevidém pelo seu dinamismo, juventude e representatividade como vila âncora desta região do concelho, como pólo agregador nas áreas da Cultura, do Desporto e Economia, atraindo e congregando gentes de todas as freguesias circundantes do concelho e também de fora dele”.
E considerou “estratégico para o concelho investir mais em Pevidém, alargando mais a malha urbana, fazendo-nos mais próximos da cidade, do desenvolvimento e do progresso colectivos”, realçando a importância da “oportunidade para recordar e reforçar algumas preocupações e ambições”.
E de ver materializados no seu território efectivos contributos de investimento público para a inovação, criatividade e sustentabilidade. Daí a referência aos projectos anunciados pela Câmara também se sentiram no seu discurso. E outros como a requalificação do centro cívico, na ecologia, nas infra-estruturas e no Desporto.
O presidente da Junta de Selho São Jorge acabou a citar Italo Calvino caracterizando a sua vila com as suas palavras. O escritor e jornalista italiano dizia “que um clássico é aquele autor que nós nunca acabamos de ler”.
Ora, para António Ribeiro “é isso que Pevidém nos mostra: um território clássico do nosso concelho, inspirador, que não pára de nos dar lições e ensinar e que não nos disse ainda tudo daquilo que tem para nos dizer ensinar”.
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