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Quarta-feira, Abril 24, 2024

Câmara: local de vacinação na agenda da reunião

A mudança do local de vacinação foi abordada por Ricardo Araújo, que foi porta-voz das preocupações existentes na opinião pública sobre as condições oferecidas pelo Seminário do Verbo Divino comparativamente com as que oferecia o Multiusos.


O vereador do PSD afirmou, na reunião da Câmara, de hoje, que noutros Municípios a mudança local de vacinação foi para melhor ao contrário de Guimarães. E fez o contraste entre um local e outro, desde o conforto das salas de espera, à falta de rede de internet para acesso ao sistema do SNS, até à rede de energia, aos acessos e aparcamento de viaturas.

“Podia ser tudo antecipado e planeado” – disse Ricardo Araújo que acusou o executivo de falta de capacidade de antecipação demonstrada pelos vereadores com competências na gestão deste assunto.

Convicto de que a pandemia veio para ficar e a sua erradicação pode estar ainda longe do fim, o vereador do PSD pede soluções e não remedeios para que os constrangimentos do novo local – Seminário Verbo Divino, em Azurém – não seja um volte-face no conforto e noutras condições que oferecia o pavilhão Multiusos, em Creixomil. E também no que se refere aos testes, a localização do espaço deve ter em conta a demora desta pandemia.

Agora com a chuva que tem caído até o acesso às boxes de vacinação instaladas no “Verbo Divino” está escorregadio e dificultado por um piso térreo que ficou ligeiramente encharcado e enlameado. 

“Assistimos à deterioração das condições, numa mudança que não foi bem preparada e antecipada.”

“É um processo em contra-ciclo e assistimos à deterioração das condições, numa mudança que não foi bem preparada e antecipada” – reiterou. E acusou a Câmara socialista de andar sempre “a reagir” e não a “agir”, acentuando “a incapacidade para antecipar problemas”, vivendo de “reacção em reacção”, em vez de ter “um olhar estruturado” para estes problemas que a deslocalização do centro de vacinação colocou. Ricardo Araújo lembrou que houve Municípios que “mudaram os seus centros de vacinação para criar melhores condições e em Guimarães degradaram-se as condições” – concluiu.

Domingos Bragança clarificou que a mudança do local de vacinação para o Verbo Divino foi “uma escolha imposta pelo ACES do Alto Ave e da Delegação de Saúde”. E acrescentou que “não temos regateado nenhum apoio, pois, temos feito tudo o que a Saúde nos tem pedido”

📸 Direitos Reservados

Por seu turno, Adelina Pinto, explicou que o encerramento dos centros de vacinação esteve previsto para datas diferentes, ora Julho, ora Setembro, o que permitiu libertar o Multiusos desta tarefa para dar prioridade às suas actividades próprias, com concertos. Nessa altura, o Seminário do Verbo Divino foi apresentado como a melhor alternativa…apesar de “não ser o espaço ideal” e que podia “ir sendo melhorado à medida…” da sua utilização.

Com alguma surpresa, Domingos Bragança, num impulso de não esconder nada, revelou que a Câmara indicou o pavilhão do Inatel como alternativa ao Multiusos que a estrutura de Saúde Pública rejeitou.

Revelou, também, que o Município vai pagar oito (8) mil euros, pela renda do espaço do centro de vacinação, um valor mensal fixado num contrato de arrendamento com a duração de seis meses. “É uma renda alta que foi fixado por um perito avaliador e que, também, compensa a utilização anterior do Seminário, durante a pandemia, de forma gratuita” – afirmou.

A adequação do espaço vai ter ainda mais custos, com a instalação de rede de internet, reforço da rede de energia, melhoramentos do piso dos acessos. Estas melhorias tendem a ser todas concretizadas.

Novais de Carvalho, director do ACES do Alto Ave, confirma que, em Setembro, o pavilhão do Inatel foi apontado como alternativa. Mas as questões levantadas por uma peritagem da Saúde Pública implicavam um investimento avultado na adequação do espaço para centro de vacinação.

“Para funcionar como centro de vacinação o pavilhão do Inatel tinha de ter um parecer favorável” – declara Novais de Carvalho. A partir daí o Seminário do Verbo Divino surgiu como uma alternativa natural, “algo bem melhor” do que fizeram “alguns Municípios que instalaram centros de vacinação em superfícies comerciais”. Contudo, o pavilhão do Inatel pode ser indicado de novo, se os cidadãos mais velhos e com idades superiores a 65 anos, forem separados do restante contingente da população a vacinar.

O director do ACES acentua que “agora estamos a vacinar bem, neste fim de semana foram vacinadas cerca de 2200 pessoas”. Admite que para este volume de vacinação o pessoal ao serviço – 10 enfermeiros para inocular a vacinação e dois para fazer a preparação – tem correspondido à procura. E que se forem precisos, podem ser usados mais espaços.

Destaca que “a Câmara tem feito um esforço imprescindível e intenso, ajudando o ACES neste processo”, uma vez que “a vacina é a arma deste combate”, a par da responsabilidade de cada cidadão cumprir com as regras.

“Todos nos devemos sacrificar para conseguir o objectivo, que é vacinar toda a população.”

Sobre os constrangimentos provocados pela falta de rede de internet e energia para dar mais conforto ao local de vacinação, Novais de Carvalho apenas revela que “as pessoas estão acomodadas e com o conforto necessário”, defendendo que nesta situação pandémica “todos nos devemos sacrificar para conseguir o objectivo, que é vacinar toda a população”. Amanhã (7 de Dezembro), o ACES vai colocar no “Verbo Divino” a sua rede interna para facilitar o acesso aos registos informáticos dos utentes do SNS.

Recorda os números deste processo em que 54% da população já está vacinada e tudo decorre com naturalidade para atingir todas as metas traçadas, até ao próximo dia 19. 

Sobre as recentes festas como as Nicolinas que se realizaram em Guimarães, Novais de Carvalho reconhece que podem ter alguma influência no crescimento do número de infectados que chegam aos 5 mil por dia no país, a que correspondem também um maior número de mortes. E que também podem ter incidências em Guimarães.

📸 Município de Guimarães

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