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Sexta-feira, Abril 26, 2024

Autárquicas: a primeira candidatura do PAN em Guimarães

Rui Rocha é a primeira “cara” para a Câmara Municipal, Isabel Rodrigues o “rosto” feminino para a Assembleia Municipal, é por estes dois cidadãos que o PAN se vai ouvir em Guimarães.



O primeiro candidato do PAN – Partido das Pessoas, dos Animais e da Natureza – na lista da Câmara é um professor; na lista da Assembleia Municipal, está Isabel Rodrigues, técnica administrativa.

Os dois serão os actores da agenda local nas questões da defesa dos animais e, também, do ambiente.

“Somos um partido com ideias progressistas e ambientalistas, em defesa da dignidade do ser humano e da sustentabilidade do crescimento e do desenvolvimento, assumindo claramente a nossa responsabilidade para com todos os outros seres vivos e o planeta” – afirmou Rui Rocha na apresentação das candidaturas do seu partido, no edifício da Junta de Freguesia da Costa.

Dizendo assumir “como bandeiras da nossa candidatura, o ambiente e o bem-estar animal, o urbanismo e a mobilidade, mas sem esquecer o combate às alterações climáticas, o ordenamento do território, a educação, a inclusão e a corrupção”, o cabeça de lista da lista da Câmara vinculou o PAN Guimarães a uma maior exigência em termos ambientais por causa das pretensões ao título de Capital Verde Europeia.

Utilizou “as tão anunciadas Ecovias junto aos rios Ave e Selho” para assumir esta exigência, uma vez que as mesmas “não garantem rios limpos e ricos em biodiversidade” – disse Rui Rocha.

“Achamos que é importante a criação da figura do protector dos recursos hídricos, para reforçar a fiscalização.”

Adiantou que os rios só serão protegidos, mesmo a nível supra-municipal, “com o envolvimento das comunidades e das associações”, de modo a que “possam, de novo, serem fonte de vida e prazer para todos. Daí, achamos que é importante a criação da figura do protector dos recursos hídricos, para reforçar a fiscalização”.

Para o PAN, este “é um problema complexo que tem de ser atacado em várias frentes”, considerando fundamental que “o PDM também seja mais restritivo relativamente à construção nas margens ou próximo dos rios”.

Inconformismo com árvores doentes

Também, o estado das árvores em espaços públicos preocupa o partido. E Rui Rocha mostrou-se inconformado que “em pleno Verão, é triste ver um pouco por todo o concelho árvores sem copas, deformadas ou doentes, por causa de podas severas realizadas em plena Primavera”.

Ainda com a questão ambiental nas suas preocupações, o cabeça de lista do PAN, mostrou-se favorável “à criação de mais hortas comunitárias, com fins educativos, de bem-estar e de inclusão”. Entende que “é importante, todavia que seja proibido o uso de plásticos leves nestes espaços, uma vez que são facilmente substituídos por materiais recicláveis”.

Sobre a mobilidade, Rui Rocha destaca que no que toca à mobilidade suave “é preciso dizer que uma ciclovia não muda o paradigma da mobilidade no concelho”.

Sublinha que o executivo do PS “gaba-se de ter construído uma ciclovia linear, que atravessa o concelho, utilizando parcialmente uma linha de caminho de ferro desactivada”. E observa: “é mais eficaz criar vias cicláveis ou pistas nas principais estradas do concelho, ligando as vilas entre si e estas à cidade. O que queremos é que seja fácil utilizar a bicicleta nas deslocações diárias. Todos os novos saneamentos das estradas deviam prever o estudo para a avaliação das soluções mais viáveis e seguras para os ciclistas”.

Defendendo que “mais estradas não resolvem necessariamente os problemas do trânsito, nem atraem mais indústrias ou população como o PS e PSD afirmam”, o candidato do PAN fala “em estradas mais seguras para condutores, ciclistas e peões”, como necessidade, para atenuar a insegurança rodoviária, visível no número de acidentes e atropelamentos no concelho.

“As passadeiras estão mal localizadas, até mesmo junto às escolas, os carros passam rente às portas.”

“Faltam passeios por todo o lado, as passadeiras estão mal localizadas, até mesmo junto às escolas, os carros passam rente às portas, esta área é muito crítica” salienta Rui Rocha.

Outros temas foram abordados na sua primeira intervenção enquanto candidato novo a liderar a Câmara Municipal.

A dificuldade em circular no centro histórico da cidade para as pessoas com mobilidade reduzida, o ordenamento do território permissivo a “urbanizações de elevada densidade, com prédios muito altos ou muito próximos uns dos outros, mesmo fora da cidade, ou dispersão de parques industriais, muitas vezes muito próximos de áreas residenciais”.

Sobre a via do Avepark, o PAN Guimarães alerta para a sua construção “em áreas sensíveis do ponto de vista ecológico”, cujas obras de arte terão de “vencer desníveis significativos e implicará a construção de viadutos e pontes, com um impacto ambiental e paisagístico brutal, sem que o investimento esteja devidamente justificado”.

Rui Rocha não acredita na viabilidade da “construção de uma ligação ferroviária entre Guimarães e Braga. Acham pouco viável a ideia de uma estação de alta velocidade entre Guimarães, Braga e Famalicão” – sustenta.

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