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Sexta-feira, Abril 19, 2024

“Fabricação de Tecidos Não Tecidos seria uma nova oportunidade”

Economia

É um dos mais novos do clã Joaquim Almeida a ser chamado a funções de gestão no seu grupo empresarial. E deixa a sua perspectiva sobre a crise do Covid-19 e os caminhos para sair dela.

GA! – Qual foi a reacção da Têxteis JFAlmeida à crise do vírus Corona?
JA –
Numa primeira fase reagimos com algum receio e insegurança, porque não sabíamos o que ia acontecer, nem conseguíamos ter feedback dos nossos clientes. Quando o “Estado de Emergência” foi declarado em vários países as encomendas começaram a ser todas adiadas e começou o colapso, e por isso tivemos que pensar numa nova estratégia. Essa estratégia passou por procurar mercados/negócios que tivessem a necessitar de outros produtos que a JFA pudesse oferecer, e temos conseguido. Neste momento estamos a produzir roupa de cama hospitalar, máscaras reutilizáveis, batas médicas, proteção de calçado e toucas.

GA! – Que reflexões aporta esta crise para a economia e tecido industrial?
JA –
Na minha opinião, penso que quando esta pandemia passar a crise vai se manter, pois o consumo vai baixar devido aos níveis de confiança do consumidor. O turismo tão cedo não vai erguer, e consequência disso os hotéis estarão parados e o negócio têxtil também. Mas, teremos que dar a volta por cima e enfrentar todas as dificuldades que se advinham neste futuro próximo.

“A indústria neste momento não esta capacitada para substituir todo o produto Chinês, mas poderá lá chegar com investimento…”

GA! – Portugal tem de retomar a força industrial, em parte perdida para a China, no início do processo de globalização?
JA –
Seria ótimo para Portugal e para a Europa. A indústria neste momento não esta capacitada para substituir todo o produto Chinês, mas poderá lá chegar com investimento. Esse investimento terá de ser feito com garantias estatais, pois o nosso preço nunca será tão baixo do que o preço Chinês, e por isso, os empresários terão de ter uma garantia de uma quota a ser produzida e comprada na Europa. Porque é tudo muito bonito neste momento que os preços estão inflacionados, mas quando isto voltar à normalidade os europeus não podem fazer-se de esquecidos e ir comprar ao mais barato, se é que me faço entender.

GA! – E para essa reindustrialização quais as áreas/sectores de investimento a apostar e desenvolver?
JA –
São várias, na têxtil, uma grande reindustrialização seria na área da fabricação de “Tecidos Não Tecidos”.

GA! – Que vantagens e desvantagens trouxe ao momento actual esta grave crise?
JA –
As vantagens é que existe um mercado (mercado da saúde/ hospitalar) a necessitar de material, a desvantagem é que o consumo normal de produtos básicos não está a funcionar e precisamos dele para as indústrias voltarem à normalidade.

GA! – Que paradigmas podem ser mudados no sector têxtil em particular?
JA –
Como já referi, os paradigmas poderão passar pela mudança da estrutura das empresas para oferecer novas gamas de produtos.

© 2020 Guimarães, agora!

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