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Sexta-feira, Março 29, 2024

Preços da água são exorbitantes

Economia

Empresários foram ao Ministério do Ambiente

Uma solução para diminuir o preço do tratamento das águas residuais pode estar a ser preparada nos gabinetes dos Ministros do Ambiente e da Economia.

Em 2ª feira de Páscoa, saíram da Câmara Municipal de Guimarães rumo ao Ministério do Ambiente, os empresários Joaquim Almeida (Têxteis JFA), Paulo Melo (Somelos e presidente da ATP), Paulo Sorrico (em representação da Lameirinho) e Ricardo Costa, vereador municipal para as actividades económicas.

Encontraram-se no Ministério do Ambiente, já da parte de tarde, com Matos Fernandes, ministro do Ambiente numa reunião em que estiveram o novo Secretário de Estado do Ambiente, João Ataíde, o presidente da Águas do Norte, José Luís Vale.

A delegação vimaranense, não veio de mãos a abanar. Para já, o Ministro do Ambiente reconheceu que os preços do tratamento de água são muito altos – cerca de 35% acima do custo real – e depois a solução que permitirá a possível baixa de preços, vai ser resolvida com a Águas do Norte – que detém a concessão – e a Tratave – empresa que explora o tratamento da água.

É com base no entendimento contratual entre a Águas do Norte e a Tratave que os preços foram subindo para satisfazer um plano de negócios e um “project finance” que não podem ser pagos pelas empresas têxteis.

Ora, só revendo o contrato de concessão que assinaram com o governo que Águas do Norte e Tratave podem intermediar a solução de baixa de preços e a sua estabilização para anos futuros. Jogadas as cartas importa saber quem vai dar os passos seguintes. Os empresários querem saber se o custo do tratamento de águas residuais vai continuar a afectar a competitividade dos têxteis, numa altura em que o mercado se retrai e a procura diminui, o que pode pôr em causa o pagamento de investimentos feitos pelas empresas. Em causa, está um sector importante para economia do país e para a região.

Ricardo Costa já apresentou o problema ao Ministro da Economia e agora o do Ambiente fica a saber que tem de ser parte da solução. Lembra que a Águas do Norte tem um volume próximo dos 15 milhões de euros apresentado lucros de 3,5 milhões e não pode ser o sector têxtil a solidarizar-se com os objectivos e metas da empresa.

O vereador entende que não se pode baixar os braços e manter a vigilância sobre os passos da Águas do Norte e da Tratave é algo que deve ser “seguido”. E se uma semana já passou depois da reunião, em Lisboa, nas próximas pode conhecer-se o que resultou, de prático.

Paulo Melo, administrador da Somelos e também presidente da ATP, entende que “os governantes já conhecem a realidade deste assunto, dos valores em questão e do valor expressivo das exportações, e as empresas não podem continuar a pagar uma factura tão grande para o tratamento de água”.

Reconhecendo que “esta abordagem pelo Ministro do Ambiente foi importante”, Paulo Melo concorda ao se pôr em cima da mesa “de forma tão clara um custo operacional exorbitante”, admite que ninguém pode baixar os braços até que algo de concreto se concretize. Deixa ainda uma palavra de apreço ao Município e ao vereador Ricardo Costa por se empenharem numa iniciativa “louvável” e mostrar “o interesse da autarquia pelo sector têxtil.”

O director-geral da Tratave, Cláudio Costa, sustenta que pratica preços fixados pela Águas do Norte. “De acordo com o seu contrato, obriga-se a aplicar aos seus clientes o tarifário indicado pela sua concedente, a Águas do Norte”, adiantando que as regras do seu cálculo decorrem do contrato de concessão assinado e que o Ministério do Ambiente conhece.

Edifícios para Academia da Indústria

A aquisição do antigo edifício fabril da empresa João Ribeiro da Cunha & Filhos Lda, para Academia da Indústria, só vai ser concretizada quando a Câmara Municipal de Guimarães puder contar com o apoio do governo.

Domingos Bragança, anunciou na última sessão da Assembleia Municipal que espera concretizar com o governo um protocolo onde se definam claramente os apoios para o “projecto de inovação de âmbito regional para o sector industrial de Guimarães”, recentemente apresentado ao Ministério da Economia. Só desta forma, o Município poderá adquirir dois espaços – tecelagem e tinturaria têxtil – com uma área de 5700 m2, do conjunto de edifícios que estão na massa falida da empresa João Ribeiro da Cunha. Aliás, é da concretização deste negócio e da compra de parte dos edifícios pela Câmara que os trabalhadores poderão receber parte dos seus créditos neste processo de insolvência.

Desnivelamento de Silvares

Os concorrentes à empreitada lançada pelas Infraestruturas de Portugal, SA para a concretização da Via do Ave Park – onde se inclui o desnivelamento de Silvares, era conhecidos a 4 de Maio. Por anúncio publicado no Diário da República (II Série de 4 Abril de 2019), foi aberto o concurso para a obra de renovação hidráulica, cm um preço base de 3,5 milhões de euros.

Lençóis da Lameirinho no “World Explorer”

Na cerimónia de apresentação do “World Explorer” – o navio de cruzeiro, construído em Portugal, Mário Ferreira da empresa Mystics Cruises, deu a conhecer a preferência dada à Lameirinho, para o fornecimento dos lençóis e artigos têxteis, que farão parte dos adornos daquele excêntrico navio. A Lameirinho com o têxtil, a Vista Alegre com as loiças e os móveis de Paços de Ferreira são o trio de fornecedores de elementos de coração do “World Explorer”, cuja cerimónia agitou o jet-set de que a partir de Portugal, nasceria cruzeiros de luxo até à Antártida e ao Ártico.

© 2019 Guimarães, agora!

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