O jogo com o Clube Desportivo Santa Clara não é um jogo qualquer. Nesta altura do campeonato pode definir mesmo quem ficará entre os cinco melhores da Liga portuguesa.
É claro que há mais jogos mas o Vitória não pode esperar, pela matemática ainda é possível para dizer ao Santa Clara que tem ambições e quer ficar acima na classificação.
Luís Freire faz contas aos 21 pontos que podem advir até ao final da época. E considera que “todos são extremamente importantes”. E os três que conseguir tirar aos açorianos podem ter uma influência maior do que outros três contra um clube qualquer.
O treinador olha para o Santa Clara como um adversário que tem de respeitar por conseguir manter o 5º lugar há algum tempo – chegando mesmo a estar no 4º da classificação, sinal de uma regularidade que costuma ser mais valia no posicionamento final das equipas, num campeonato que é muito competitivo.
Elevando “a média que temos tido nesta segunda volta, melhor que a do Santa Clara”, Luís Freire sabe que ganhando será apenas um ponto a separar os dois rivais na luta por esta posição.
Repete, depois, o trivial da retórica do ‘até ao lavar dos cestos é vindima’, para explicar que “nada fica decidido se não vencermos” mesmo que nesse caso possam ser cinco ou sete pontos a separar as duas equipas se o Vitória não vencer.
Deixa entender que o historial do Santa Clara na prova não é de modo a facilitar ou ceder a posição que defendeu até agora. Por isso, sabe que o Santa Clara defendendo-se muito bem, pode ser afectado se começar cedo a perder?
“Mais importante do que como vai começar é como vai acabar.”
“É sempre bom começar o jogo por cima, mas mais importante do que como vai começar é como vai acabar” – justifica Luís Freire. Lembra o ocorrido no Bessa em que “demos a volta ao resultado, em Moreira de Cónegos demos a volta e depois cedemos o empate”.
“O Santa Clara tem mostrado muita competência, é um adversário bem organizado.”
Admite que a resiliência pode ser a arma da equipa, tal como aconteceu com o Casa Pia. Mas não desvaloriza “o Santa Clara tem mostrado muita competência, é um adversário bem organizado, mas nós sabemos quem somos e o que queremos”.
Mantém-se a expectativa sobre a utilização de Gustavo Silva. O treinador não revela “se ele vai estar disponível ou não. Ainda não o utilizamos na segunda volta, foi o melhor marcador na primeira, com influência nos resultados. É mais um jogador que nos pode ajudar. Tenho a certeza que nos vai ajudar até ao fim”.
Agora, o treinador sabe que “está na hora de reunir as tropas para estes jogos finais e o Gustavo traz uma valia grande no último terço”.
“Há aqui várias coisas que quero dizer. Em Março fizemos 10 pontos em quatro jogos. Claro que queremos sempre mais vitórias, mas já não perdemos há oito jogos. Temos recuperado, temos feito muita coisa bem, já houve situações em que o Vitória foi penalizado, mas foi mais para trás. A equipa tem-se mostrado muito comprometida, concentrada, melhoramos nesse capítulo” – concluiu.
Foto © Vitória SC
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