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Sexta-feira, Abril 19, 2024

Crosstraining: A modalidade de treino que conquistou Guimarães

Economia

O Crosstraining, comumente conhecido como Crossfit – nome da marca registada da modalidade -, é um programa de treino que combina diferentes tipos de exercícios que incluem cardio, ginástica, mobilidade, musculação, entre outros. A primeira box afiliada de Crossfit em Guimarães, a 5.7, surgiu em 2015 e, desde então, são já cinco os centros destinados em exclusivo ao Crosstraining e múltiplos os ginásios que oferecem este tipo de treino.

Marta Freitas teve contacto inicial com o Crosstraining em 2016, no seu primeiro ano de mestrado e, desde aí, nunca mais deixou de praticar a modalidade. “No ginásio onde eu andava houve umas remodelações e criaram a ala de Crosstraining. Na altura, eles abriram a aula e eu comecei a praticar e, quando comecei, gostei logo do conceito e da forma como a aula era feita”. Actualmente, Marta tem a sua própria box, uma das cinco exclusivas deste tipo de treino, o Conquistador, em Polvoreira.

Marta Freitas e Ricardo Alves. 📸 GA!

Em Guimarães, começou por ser instrutora numa academia que entretanto fechou, a ASAFit. “Na altura já tinha tirado a formação, já sabia que ia trabalhar com Crosstraining, até pensei na possibilidade de abrir o meu próprio local só que, ao mesmo tempo, surgiu a oportunidade de ir trabalhar para lá”. Marta explica que, na época, “não havia muita oferta de professores, foi basicamente entregar o currículo e começar a trabalhar”. Em 2022 fundou a box Conquistador, dando fruto àquilo que vinha a desejar desde que começou a praticar a modalidade. “Foi o culminar de um processo, de já ter trabalhado em vários sítios e sentir que o próximo passo era ter o meu próprio espaço e implementar as minhas próprias ideias, o que eu achava que fazia mais sentido”.

“As pessoas que começam a praticar dificilmente abandonam.”

Quanto ao fenómeno de expansão do Crosstraining em Guimarães, Marta explica-o muito através do seu próprio percurso. “Isto foi um bocadinho umas boxes começaram a ter sucesso, houve cada vez mais praticantes e depois o pessoal que pratica gosta tanto, e quem está um bocadinho ligado ao desporto, depois quer também implementar isso no seu meio”. A instrutora sublinha que “as pessoas que começam a praticar dificilmente abandonam”, vendo este como um dos principais factores que distingue a modalidade de outros tipos de treino.

Ainda assim, há diferenças entre treinar numa box exclusiva e num ginásio que ofereça várias modalidades. Ricardo Alves começou, recentemente, a dar aulas de Crosstraining num ginásio, o Physical, mas sempre treinou em boxes. “Num ginásio existe menos material do que numa boxe específica porque o ginásio é mais geral, uma box é mesmo focada no Crosstraining, só há aquele tipo de treino e tem o material todo necessário para isso”.

📸 GA!

Mesmo com o sucesso deste tipo de treino em Guimarães, ainda é raro um instrutor sustentar-se a dar aulas em apenas um local. “É um bocado como ser um freelancer porque é difícil arranjar, por exemplo, oito horas de contrato de trabalho”. Ricardo conta que, muitas vezes, têm que dar aulas “em vários locais” ou coordenar com “outros trabalhos.”

“As ‘boxes’ de Cross vieram colmatar esta lacuna e oferecer às pessoas treinos variados.”

Rafael Monteiro, praticante de Crosstraining, participa em competições nacionais e internacionais. Para este atleta, o boom desta modalidade “já era de esperar que fosse acontecer”. “As pessoas estão cansadas de ter de ir para um ginásio com 100 pessoas ao mesmo tempo em horas de ponta, a maioria sem saber o que fazer e caso queiram orientação de um profissional precisam de pagar quantidades de dinheiro que a maioria não consegue suportar”. Rafael vê o tipo de treino que pratica como uma solução para esse esgotamento: “As ‘boxes’ de Cross vieram colmatar esta lacuna e oferecer às pessoas treinos variados, com profissionais qualificados a orientar os treinos de forma segura. Algo que assustava muito as pessoas era a ideia de que o Cross era extremamente duro e nem toda a gente podia fazer, o que se provou com o tempo ser uma ideia muito errada”.

📸 GA!

Desde 2018 que pratica Crosstraining e, após seis meses de aulas, sentiu que aquilo “já não chegava”. Decidiu, portanto, começar a fazer treinos à parte e inscreveu-se na sua primeira competição, passando, desde então, a competir nacional e internacionalmente. “Geralmente antes de cada “temporada” defino em que provas faz sentido eu participar para me preparar com antecedência”, esclarece o atleta que se descreve como “competitivo”.

“As competições de Crosstraining trazem sempre gente de todo o país para competir.”

No que diz respeito à evolução da modalidade em Guimarães, Rafael acredita que a cidade poderia acolher grandes torneios ou competições, com os quais só teria a ganhar: “Guimarães já foi Capital Europeia do Desporto, tem mais que capacidades para receber grandes eventos. É preciso haver investimento e abrir portas para que isso aconteça. E as competições de Crosstraining trazem sempre gente de todo o país para competir (caso seja uma competição bem organizada e apelativa)”.

📸 GA!

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