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Sábado, Abril 20, 2024

Museu Alberto Sampaio recebe colecção COSEC

Economia

Isabel Fernandes sublinha importância do espólio para mostrar a visitantes

No Museu Alberto Sampaio já moram as obras de arte que integram a exposição da colecção COSEC, compostas cinco tapeçarias, nove pinturas e nove telas.

A ideia é fomentar o enriquecimento da oferta cultural do país, depositando em Museus de referência a nível regional, peças e colecções de arte que normalmente ficam em Lisboa ou Porto.

O Ministério da Cultura e a COSEC – Companhia de Seguros de Crédito – entenderam-se num protocolo que permite descentralizar essas colecções, colocando-as em Museus onde é mais fácil o acesso público e a visitação de obras de arte, pelo público em geral. Este acordo insere-se numa estratégia coesa e coerente do Ministério da Cultura para a promoção das diversas coleções artísticas e patrimoniais, existentes em Portugal e no estrangeiro, de caráter público e privado.

Guimarães ficou dentro desse roteiro e a Ministra da Cultura assinalou-o inaugurando a exposição que abrange obras importantes do espólio cultural português, público e privado. Neste caso são cinco tapeçarias e nove pinturas de artistas portugueses do final do século XIX e do século XX, que ficarão expostas no Museu de Alberto Sampaio, afeto à Direção Regional de Cultura do Norte. As tapeçarias são: ‘Composição de 1951’, de Maria Helena Vieira da Silva, ‘Encontro de Astros’, de Rogério Ribeiro, ‘Este Astro’, de Cruzeiro Seixas, ‘Lisboa’, de Carlos Botelho e ‘Paisagem’, de Menez.

Já as nove telas são ‘Mucha’, de Amadeo Souza Cardoso, ‘Portrait7’, de Ricardo da Cruz Filipe, ‘Retrato’, de Columbano Bordalo Pinheiro, ‘Os Oleiros’, de José Malhoa, ‘Telhados de Lisboa’, de Abel Manta, ‘S. João no Porto’, de Eduardo Viana, ‘Les Preces’, de Maria Helena Vieira da Silva, e duas peças sem título de Manuel d’Assunção e de Silva Porto.

Graça Fonseca frisou que o acordo resulta da estratégia do Ministério da Cultura para a promoção das diversas colecções artísticas e patrimoniais, existentes em Portugal e no estrangeiro, de carácter público e privado, depois do repto lançado às instituições que possuem importantes colecções de arte para as partilharem com um público mais alargado. “Estamos a diversificar as colecções dos museus e a alargar o público dos espaços museológicos, haverá uma rede maior de pessoas a sentir o impulso de vir ao Museu e a conhecerem obras de arte que estavam em gabinetes e, por isso, do conhecimento de um universo mais reduzido de pessoas”, disse.

Segundo Isabel Fernandes, o Museu de Alberto Sampaio, “um dos mais bonitos do país”, é conhecido por ser “um museu de arte sacra até ao século XVIII”, e agora passará a ter, em duas “das mais bonitas salas”, pinturas e tapeçarias de autores como António da Silva Porto, José Malhoa, Amadeo de Souza Cardoso e Maria Helena Vieira da Silva.

“É um grande prestígio para nós. Este é e sempre será um museu de arte sacra até ao século XVII, mas estas novas peças vão permitir que os nossos visitantes viagem também até aos séculos XIX e XX através de pintores portugueses. Há uma evolução no tempo e no espaço do museu”, sublinhou com satisfação. Reforçou ainda o enriquecimento do Museu que dirige com o facto de o espólio cultural itinerante ser “um conjunto muito significativo de pinturas. As pinturas vão formar uma espécie de núcleo mais intimista na sala do Penselo, enquanto as tapeçarias vão ficar na majestosa sala do Capítulo, que além de ser lindíssima tem um teto fenomenal datado do século XVIII”.

Apesar do Museu de Alberto Sampaio ir servir como depósito daquelas obras, “as peças vão entrar no percurso dos visitantes”, daquele espaço, e será “interessante também porque os nossos visitantes vão poder chegar ao século XX através deste depósito, de pintores portugueses”, salientou a responsável.

O Museu de Alberto Sampaio, situado no centro histórico de Guimarães, foi criado em 1928 para albergar as coleções da extinta Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira e de outras igrejas e conventos da região, então na posse do Estado, como destaca a página da Direção Regional de Cultura do Norte, que sublinha em particular o interesse histórico do claustro, das salas medievais que o envolvem, da antiga Casa do Priorado e da Casa do Cabido.

No seu acervo destacam-se as coleções de escultura (arquitetural, de vulto e tumulária), dos períodos medieval e renascentista até ao século XVIII, assim como a coleção de ourivesaria, com o cálice românico de D. Sancho I, a imagem de Santa Maria de Guimarães, do século XIII, as cruzes processionais e o retábulo gótico da Natividade, de fins do século XIV.

Da coleção do museu destacam-se o loudel que D. João I vestiu na batalha de Aljubarrota, o fresco do século XVI figurando a Degolação de S. João Baptista, a coleção de pintura, dos séculos XVI a XVIII, a talha maneirista e barroca e os paramentos bordados, além da azulejaria de objetos de faiança.

© 2019 Guimarães, agora!

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