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Domingo, Maio 25, 2025

Osmusiké: Cantam a ‘Liberdade’ no dia 25 de Abril

Economia

O espectáculo teve música, poesia e performances teatrais. Um agitar cultural que relembra as memórias da Revolução de Abril.

“Um concerto agradável e participado, com casa cheia, recheado de pujança democrática, que se conta já como o sexto com a marca da colectividade ao longo dos últimos anos, sob a égide colaborativa do Município vimaranense, no âmbito do Impacta” – sustenta o presidente da direcção.

Júlio Dias, maestro e, agora, também, presidente da associação coordenou o espectáculo com Filipe Guimarães, em que colaboraram Ana Almeida, maestrina, Luís Oliveira (nas luzes da ribalta), iluminando o primeiro acto, em que o coro cantou ‘Grândola Vila Morena’.

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Mas as canções de liberdade entoaram no Teatro Jordão, num espectáculo que mobilizou o grupo instrumental e os solistas habituados a participarem nas actividades da associação. ‘E depois do Adeus’ de Paulo de Carvalho, ‘Cantar de Emigração’ de Adriano Correia de Oliveira e duas cantigas de Zeca Afonso: ‘Balada de Outono’ e ‘Menina dos Olhos Tristes’, foram alguns temas que despertaram os presentes.

Também, a poesia sairia à rua e marcharia rumo à liberdade, declamada, desta vez, no palco do Jordão, pela geração mais jovem, como palavras de ordem, proferidas pelas vozes de Sara Gonçalves, Leonor Oliveira, e os irmãos Afonso e Vitória Silva, que sob a coordenação da professora Manuela Ribeiro recitariam ’25 de Abril’, ‘O Elefante de Abril’, ‘O Dia da Liberdade’ e ‘As Minhas Mãos’, culminando a sua actuação em grupo com ‘Todas as Crianças da Terra’.

“E como a liberdade estava a passar por ali” – como descreve Júlio Dias, de novo voltaria a música com Cantares Populares, que a propósito e por coincidência interpretariam ‘Liberdade’ de Pedro Barroso, e novamente os cantautores como Zeca Afonso com ‘Tenho barcos, tenho remos’ e ‘Balada do Sino’. E novamente Adriano Corrreia de Oliveira com a ‘Fala do homem nascido’, do poeta António Gedeão.

O pano desceria então (imaginariamente) neste segundo acto com a poesia de Álvaro de Campos, ‘Não! Só quero a liberdade!’, declamada por Maria José Silva.

Osmusiké entusiasmaram o público com as músicas de Abril. © Direitos Reservados

O terceiro acto só poderia ser a vitória, pois ‘Só é vencido quem desiste de lutar’, como declamaria Beatriz Roberto, que recitaria ainda Ary dos Santos e leria um excerto do livro ‘Portugal Amordaçado’, de Mário Soares, à colação do centenário do seu nascimento que passou recentemente.

Obviamente, a vitória traria de novo a festa e a música pelo Coro Cantar Guimarães e o Grupo Instrumental. Desta feita, com as canções ‘Liberdade’, um original do grupo, depois ‘Venham mais cinco’ de Zeca Afonso e um medley, de Abril, com elaboração e arranjos do maestro Júlio Dias.

Um canto à liberdade que rapidamente passaria do despertar à marcha e à vitória, que contaria ainda com algumas projecções evocativas e alusivas aos eventos ocorridos, bem como performances teatrais devidamente enquadradas, designadamente a cena final do simulacro e evocação das eleições de 25 de Abril de 1975 para a Assembleia Constituinte, ocorridas há 50 anos.

“Após a festa da vitória e agradecimentos devidos, subiriam a palco os protagonistas fundamentais deste triunfo colectivo, com o consequente uso da palavra da praxe pelo presidente de Osmusiké, Júlio Dias, que recentemente fora empossado no cargo directivo em substituição do eterno Jorge Nascimento, que, no contexto de festa final, se ajuntaria aos demais e seria alvo de significativa e merecida homenagem no decurso da sessão, enquanto homem do leme, durante mais de vinte anos” – salienta a nota da direcção.

Encerraria a festa de Abril a vereadora Adelina Paula Pinto que vincaria os valores da Revolução dos Cravos e alertaria para os novos perigos que espreitam a coberto da liberdade.

A entoação uníssona de ‘Grândola Vila Morena’, cantada no início, fecharia a festa da liberdade.

© 2025 Guimarães, agora!


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