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Sábado, Abril 20, 2024

Influência: a Francisco de Holanda e o percurso profissional

Economia

Seis ex-alunos mostraram como a escola os influenciou na escolha das suas profissões. E contaram como a Francisco Holanda e os seus cursos técnicos contribuíram para o que são hoje.


Pedro Durães, a trabalhar na Orthos XXI, disse que foi o seu pai a sugerir a Escola Francisco de Holanda. Os cursos de electrónica e mecatrónica influenciaram a sua decisão. Também Vítor Monteiro, hoje professor na Universidade do Minho, mostrou fascínio pelos cursos de electrónica e de electricidade. “Tenho em casa os livros dessas disciplinas que ainda consulto, hoje, porque são úteis na, minha área de conhecimento” – revela.

Fortunato Frederico, empresário e fundador da Kyaia, revela que “os amigos que ali fiz e que comigo andaram na vida militar são um património inestimável da amizade que se faz na escola”. Esclarece que o seu percurso na ESFH foi mais curto porque andou três anos no seminário em Braga, sentiu ainda o gosto “pelas oficinas de serralharia”. Mas a vida obrigou-o a trocar o ensino por “umas horas extras” que lhe davam maior estabilidade para os planos futuros que tinha.

Daniela Rodrigues, hoje, funcionária do agrupamento de escolas, recorda como o curso de secretariado lhe permitiu mais tarde concluir a licenciatura e depois o mestrado, em 2012.

Nesta partilha de percursos profissionais, Anabela Martins, também a trabalhar na escolha onde estudou, recorda os altos e baixos da sua formação escolar em secretariado e como concluiu o 12º ano, e a um passo do ensino superior, sempre com a ideia de que “nada acaba aqui, tudo começa aqui”.

“Quando a gente sonha pode concretizar alguma coisa”.

Entre recordações do passado e sonhos alimentados na juventude, Fortunato Frederico atalhou de “quando a gente sonha pode concretizar alguma coisa”. Lembra como ele, jovens da cidade, numa área problemática como era então a Rua de Santa Maria, sonhar era “uma possibilidade em tempos difíceis”. Foi já a trabalhar na Campeão Português com Domingos Torcato Ribeiro que o industrial, já falecido, o interrogou sobre o que queria ser?

O fundador da Kyaia respondeu que queria ser como o seu patrão, ao que este respondeu: “como eu não podes ser mas a fábrica podes tê-la”.

Esta frase alimentaria o imaginário de Fortunato Frederico que alimentou a ideia de ter uma fábrica, em tempo de guerra, quando andava na tropa. Lembrou como “o andar pelo país” e depois pelo mundo lhe abriu os horizontes, depois de peripécias várias a seguir ao 25 de Abril que o levou para o desemprego mas não lhe tirou a vontade nem lhe castrou o sonho de ter no sector do calçado um percurso único e de sucesso que o tornou num dos grandes empresários do calçado português.

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Os ex-alunos explicaram depois como o mercado de trabalho correspondeu às suas expectativas, após a frequência dos cursos profissionais.

Vítor Monteiro não tem dúvidas em afirmar que “tudo o que aprendi foi muito útil e o conhecimento adquirido mantém-se actualizado”. António Capela, também, professor da UMinho, reconhece que o curso profissional lhe deu as bases para a sua primeira ocupação profissional, cujos conceitos aplicou na vida profissional. “Foi uma grande aposta que fiz, nesta opção” – recorda.

Sobre a opção que se coloca no final da primeira etapa da formação, com o curso profissional, o que se pode fazer a seguir?

Prosseguir os estudos é uma via, “investir no conhecimento é outra” como defende Fortunato Frederico. Aconselha os alunos actuais: “não tenham medo do futuro, aprendam depressa, porque sem qualificações significa ter menos dinheiro”.

Vítor Monteiro alerta que “adquirir mais competências não é igual a passar de ano”, explicando a importância do estudo, da aplicação no caminho a seguir para o ensino superior. Ainda defendeu que “o conhecimento é mais importante do que ter uma licenciatura”.

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Num mundo onde nada pára, Pedro Durães acrescenta que a distinção no mundo do trabalho é a causa directa de quem mais formação tiver.

No fundo, do conhecimento e do estudo, da formação e das competências que se adquirem pode estar a chave do sucesso, de uma vida profissional activa.

“O conhecimento é a chave de uma vida melhor e mais equilibrada”.

Mas “cada um tem de cumprir a sua missão” sublinha Fortunato Frederico, incitando os alunos a lerem porque “o conhecimento é a chave de uma vida melhor e mais equilibrada”.

O sucesso também pode resultar da integração de cada um na sua equipa, de se abrir à mudança porque “nada é estático” – diz Anabela Martins. E do empenho que se coloca em cada tarefa ou missão e sobretudo “gostarmos daquilo que fazemos”.

Por fim, Vítor Monteiro reconhece que neste mundo acelerado, “há amizades que se fazem e desaparecem”, porquanto “valorizar as amizades que se vão fazendo é muito importante” – concluiu.

Nas Jornadas sobre o Ensino Profissional da ESFH, houve outros debates e retratos de como o ensino profissional se casa bem com o tecido empresarial de um concelho industrializado como Guimarães.

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