Revela-se um acontecimento de cariz religioso forte, nesta quadra Pascal, no centro da cidade.
As ruas enchem-se de pessoas para ver o desfile de andores levados aos ombros por homens que aceitam este encargo; há também os anjinhos – figuras infantis que se vestem para lembrar santos e espalhar frases da fé cristã.
Entre os que acolhem a esta devoção, estão as autoridades e os protagonistas do poder político, que se representam a si e aos cargos que ocupam, misturando-se entre os prelados cobertos e distinguidos num pálio e o povo que segue no fim rezando ou encomendando preces, em silêncio.
A Procissão dos Santos Passos (também conhecida como Procissão do Encontro) é, também, acontecimento cultural, social e turístico, com uma religiosidade associada que vem de tempos imemoriais. E com a música em fundo, neste ano abrilhantada com a Banda da Sociedade Musical de Pevidém.
Tem um percurso definido, há já muito tempo, atravessando a cidade classificada como Património Mundial e beijando o centro histórico, de passagem, para regressar de novo à Igreja de Santos Passos.
A Irmandade que a organiza tem uma história associada que remonta a 9 de Dezembro de 1594 – quando foi constituída – e a um culto que vem da edificação da igreja em 20 de Julho de 1769 e a sua bênção solene em 16 de Dezembro de 1798.
É uma Real Irmandade de Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos, associada a uma função social a criação de Asilo de Mendicidade em 23 de Janeiro de 1876 e sua inauguração em 4 de Fevereiro de 1877; e a uma função educativa depois da criação da aula de instrução magma para os filhos dos irmãos, percursora do Colégio de Nossa Senhora da Conceição em 17 de Julho de 1877.
Há mais “passos” nesta função social e educativa com a construção do novo lar, a construção da nova creche, a execução dos vitrais com os Passos da Paixão, a inauguração dos novos sinos do carrilhão da igreja completando o número de 24, o maior da Arquidiocese, a conservação e reparação dos Passos e Capelas da Paixão espalhados pelo centro da cidade de Guimarães.
Foto © Paulo Pacheco
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