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Sexta-feira, Abril 19, 2024

Cancro: Investigadores da UMinho desenvolvem nanomateriais para terapia

Economia

Uma equipa dos Centros de Física e de Química da Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM), com a colaboração do Instituto de Polímeros e Compósitos, da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto e do Centro CINBIO da Universidade de Vigo, desenvolveu novos nanomateriais que permitem a libertação controlada e localizada de fármacos utilizados, por exemplo, no combate ao cancro.

Os cientistas conceberam um hidrogel contendo nanopartículas de ouro, que permite a libertação de fármacos e o controlo da taxa de libertação através do uso de um laser na região do infravermelho, algo que não acontece com os medicamentos tradicionais. Os primeiros resultados do estudo foram tema de capa da conhecida revista Soft Matter, da Royal Society of Chemistry.

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“Com este material, conseguimos ultrapassar essa limitação, pois é aplicado localmente e controlamos a libertação do fármaco.”

O investigador do Centro de Física e aluno do doutoramento em Física na Universidade do Minho, Sérgio Veloso, refere: “Na quimioterapia convencional, grande parte do fármaco que é administrado tem efeitos adversos no organismo, e o que actua no local alvo é uma pequena parte. Com este material, conseguimos ultrapassar essa limitação, pois é aplicado localmente e controlamos a libertação do fármaco, ajustando a terapia e evitando que o paciente tenha que ir constantemente fazer tratamentos ao hospital”. O avanço permite ultrapassar limitações na administração de fármacos antitumorais, nomeadamente a baixa solubilidade em água, a baixa biodisponibilidade e efeitos secundários adversos.

O material está a ser estudado através de ensaios biológicos em modelos celulares tridimensionais, para que possa depois ser testado com modelos in vivo. “Temos indicações bastante positivas. O material é biocompatível e temos resultados muito promissores”, acrescenta Sérgio Veloso. A investigação vai continuar com o desenvolvimento de materiais mais sofisticados, para permitir um controlo total da libertação de fármacos, capazes de promover um tratamento mais eficaz e a entrega controlada e segura de diversos fármacos antitumorais.

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